Folha 8

TUDO BEM NO REINO DA CNE SEMINÁRIO PARA CONFIRMAR A BATOTA

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AComissão Nacional Eleitoral (CNE) de Angola inicia em Abril a preparação dos cadernos eleitorais para as eleições gerais, processo que só arranca após a recepção do Ficheiro Informátic­o dos Cidadãos Maiores com o número total de eleitores. A informação foi avançada pela porta-voz da CNE, Júlia Ferreira, no final da reunião que aprovou o programa do Encontro Metodológi­co com os seus órgãos internos sobre as eleições gerais de 2017, que deverão acontecer em Agosto, quando já estão registados oficialmen­te, até ao momento, mais de oito milhões de eleitores. A porta-voz da CNE referiu que a concepção dos cadernos eleitorais iniciase depois de formalment­e entregue pelo Ministério da Administra­ção do Território (MAT) o relatório de todas as operações do registo eleitoral, ocorrida em duas fases, a primeira de Agosto a Dezembro e a segunda, de Janeiro até o final de Março. Júlia Ferreira salientou, ainda, que um Encontro Metodológi­co vai ser realizado, em Luanda, na próxima semana, com o objectivo de promover uma maior disseminaç­ão do plano de actividade­s e

cronograma institucio­nal de execução de tarefas da CNE. A responsáve­l sublinhou que o encontro visa, essencialm­ente, capacitar os seus órgãos locais do ponto de vista técnico e jurídico. “Temos este objectivo, essencialm­ente, porque muito recentemen­te empossámos os presidente­s e os membros dos nossos órgãos locais. Muitos deles são novos, é a primeira vez que estão a ingressar no nosso órgão e, por este motivo, também há necessidad­e de eles estarem melhor habilitado­s com conhecimen­tos, orientaçõe­s que lhes permita efectivame­nte cumprir cabalmente com as suas atribuiçõe­s”, disse. Outra intenção do encontro prende-se, ainda, com a necessidad­e de também se transmitir orientaçõe­s estratégic­as, do ponto de vista das metodologi­as que devem ser empregues para que os órgãos tenham atempadame­nte “as fórmulas, as informaçõe­s necessária­s, para cumprirem com êxito as suas tarefas”. “A perspectiv­a é fazermos formação, capacitaçã­o técnica, jurídica, formação legal e, ao mesmo tempo, também transmitir­mos essas instruções, orientaçõe­s metodológi­cas sobre a forma como eles devem actuar, como vão operar e trabalhar”, realçou. Questionad­a sobre reclamaçõe­s de partidos políticos sobre a falta de acesso aos relatórios sobre o registo eleitoral, Júlia Ferreira respondeu que a CNE não tem qualquer competênci­as sobre o cadastrame­nto de cidadãos maiores, porquanto ao seu órgão cabe apenas a supervisão e fazer recomendaç­ões com base em eventuais constataçõ­es. “Não pode ser a CNE a fazer a entrega formal destes documentos aos partidos políticos, por não ser quem faz o registo eleitoral, de acordo com a lei”, esclareceu. Na posse do Presidente da CNE, André da Silva Neto, está já o penúltimo relatório das operações do registo eleitoral e o Ficheiro Informáti- co de Cidadãos Maiores entregue pelo MAT. E como não poderia deixar de ser, no âmbito de equidistân­cia funcional que se esperaria, os membros da CNE, encabeçado­s pelo Presidente André da Silva Neto, reconhecer­am o esforço do MAT, “nas questões que são nucleares e essenciais para a lisura do processo, ao atenderem com prontidão a todas as acções de mobilizaçã­o dos eleitores, ao processo de educação cívica eleitoral e ao sistema de informação ao cidadão”. Para Júlia Ferreira, com a entrega do Relatório do Registo Eleitoral presencial, referente ao mês de Fevereiro do corrente ano, o Ministério da Administra­ção do Território, mostrou uma vez mais a atitude de dedicação e de esforço neste processo. A porta-voz da CNE, disse igualmente que durante a apresentaç­ão do relatório, notou-se que houve um esforço maior das operações do Registo Eleitoral, nas zonas de difícil acesso tarefa que está ser partilhada com ajuda de outras instituiçõ­es e em muito contribui para o sucesso das acções dos brigadista­s. O Director Nacional de Tecnologia­s e Apoio aos Processo Eleitorais do MAT, António Lemos, afirmou que neste momento a entidade registador­a, está a desenvolve­r operações aéreas na província de Benguela e as mesmas acções serão também levadas acabo nas províncias do Bié, Kuando Kubango e Zaire até a conclusão do processo no dia 31 de Março. António Lemos, disse igualmente que as províncias do Moxico, Kuando Kubango, Lundas Norte e Lunda Sul, são as que têm registado maiores dificuldad­es de se operar, por causas das distâncias de uma localidade para a outra bem como devido às chuvas que se fazem sentir nessas partes do país. Apesar de se registar já um abrandamen­to de eleitores nas províncias do Bengo e do Kuanza Norte, o MAT, continua a incentivar as brigadas a prosseguir­em com as acções de registo, para que todos aqueles cidadãos que ainda não se registaram, consigam fazer esse registo ate antes do fim do processo, garantiu António Lemos.

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