Folha 8

EUA REJEITAM PROPOSTA CHINESA PARA COMPROMISS­O DE MÍSSEIS COM COREIA DO NORTE

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EUA se revelam incapazes de reagir construtiv­amente à iniciativa da China que propôs que a Coreia do Norte suspenda os lançamento­s de mísseis e o desenvolvi­mento do programa nuclear em troca da suspensão dos exercícios militares dos EUA e Coreia do Sul. O compromiss­o foi proposto pelo ministro das Relações Exteriores da China, Wang Yi, a 08.03.2017. O político expressou a convicção que este é o único caminho para resolução do problema a longo prazo. O porta-voz interino do Departamen­to de Estado dos EUA Mark Toner declarou, num briefing a 08.03.2017, que a proposta da China “trata de coisas absolutame­nte diferentes”. O especialis­ta do Instituto de Pesquisas Estratégic­as da Rússia Ajdar Kurtov pensa que tal declaração significa que a situação se pode agravar no futuro. “O novo presidente dos EUA parece ter decidido que agora é preciso experiment­ar medidas mais duras – demonstrar a força militar. Isto inclui tanto exercícios militares como o envio de navios de guerra adicionais para a região da Península Coreana”, disse o especialis­ta. Entretanto, Washington considera todas as variantes de ações de resposta à ameaça do programa nuclear da Coreia do Norte, comunicou a representa­nte permanente dos EUA na ONU, Nikki Haley, a 08.03. Se o conflito se agravar, os EUA podem realizar ataques pontuais contra os locais onde estão estacionad­os os sistemas de mísseis da Coreia do Norte e onde estão sendo desenvolvi­das as armas nucleares. Outro especialis­ta, Konstantin Asmolov do Instituto do Extremo Oriente, também considera que a situação vai apenas se agravar: “A questão principal é a instalação do THAAD. Isto agrava a situação mais do que os lançamento­s de mísseis pela Coreia do Norte. Assim, a Coreia do Sul [onde o THAAD está colocado] já fica envolvida no conflito. Se surgir a ameaça de confrontaç­ão entre os EUA e a China […] a China vai atacar o território da Coreia do Sul”, disse. O especialis­ta da Academia Diplomátic­a da China Ren Yuanzhe também compartilh­ou suas ideias sobre essa questão: “O mecanismo de conversaçõ­es entre seis partes foi completame­nte interrompi­do, agora resta apenas o sistema de consultas e a pressão da aliança dos EUA, Japão e da Coreia do Sul”, disse. Segundo o especialis­ta, tudo isso força a Coreia do Norte a realizar mais ações provocatór­ias. O diálogo entre os EUA e a Coreia do Norte a breve prazo é muito pouco provável. A instalação do THAAD abala a estabilida­de estratégic­a da Ásia do Nordeste, afundando até ao ponto mais baixo as relações entre a China e a Coreia do Sul. Via Sputniknew­s

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