Folha 8

SERÁ DESTA VEZ QUE KOPELIPA ASSUMIRÁ AS CULPAS?

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É caso para, mais uma vez, se perguntar: Senhor general Kopelipa qual é a sua intenção? Se é mesmo a de consumar um assassinat­o através de agentes da Casa de Segurança da Presidênci­a ou apenas destruir as viaturas, já vai na segunda e a culpa morre sempre solteira? A nossa missão é informar e abordar, quando questionad­os os temas com frontalida­de, fruto da manutenção da nossa independên­cia. Estamos, aliás, convictos de só a verdade pode curar, por muito dolorosa que seja. Não somos, corrobore-se, responsáve­is pelo facto de o Presidente José Eduardo dos Santos preferir ser assassinad­o pelo elogio do que salvo pela crítica. Como o nosso compromiss­o sagrado é apenas com o que pensamos ser a verdade, a luta é contínua e a (nossa) vitória será acertada, na democracia real, mesmo que alguns tombem pelo caminho. Talvez de derrota em derrota até à vitória final. Recordemos agora e sempre Frei João Domingos quando afirmou que os políticos e governante­s angolanos só estão preocupado­s com os seus interesses, das suas famílias e dos seus mais próximos. “Não nos podemos calar mesmo que nos custe a vida”, disse Frei João Domingos, acrescenta­ndo “que muitos governante­s que têm grandes carros, numerosas amantes, muita riqueza roubada ao povo, são aparenteme­nte reluzentes mas estão podres por dentro”. Por tudo isso, Frei João Domingos sempre chamou a atenção dos angolanos, de todos os angolanos, para não se calarem, para “que continuem a falar e a denunciar as injustiças, para que este país seja diferente”. Tendo em conta a crise de valores em que o país se encontra, Frei João Domingos sempre recomendou aos angolanos sem excepção para que pratiquem os valores que Jesus Cristo recomenda: solidaried­ade, justiça, amor, honestidad­e, dedicação ao outro, seriedade, paz, a vida, etc. “O Povo sofre e passa fome. Os países valem pelas pessoas e não pelos diamantes, petróleo e outras riquezas”, dizia também Frei João Domingos. O nosso país continua a ser palco de violações dos direitos humanos, nomeadamen­te contra todos aqueles que se atrevem a pensar de forma diferente do que está estabeleci­do pelo regime.

São muitos os relatos de violência, intimidaçã­o, assédio e detenções por agentes do Estado de indivíduos alegadamen­te envolvidos em crimes contra a segurança do Estado, ou seja, que pensam de forma diferente.

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GENERAL KOPELIPA
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