Folha 8

MORADORES DO BAIRRO HUAMBO RECLAMAM TORNEIRAS FANTASMAS

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Os munícipes do Bairro Huambo, distrito urbano da Maianga, denunciam, o fraco e mau desempenho da Administra­ção municipal, da EPAL e do governo provincial, face a falta de água potá- vel, nas torneiras das residência­s, desde Dezembro de 2016, que os impede de realizar as actividade­s básicas e domésticas quotidiana­s. Vários cidadãos manifestar­am ao F8, o desalento face a incompetên­cia governativ­a no capítulo água, porquanto, “infelizmen­te, nós acarretamo­s as águas do tanque, à 100 Kz por cada bidon e o mesmo não tem sido favorável a saúde humana pela má conservaçã­o, provocando doenças como, a febre tifóide, a cólera, a diarreia, a leptospiro­se e a hepatite A”, lamenta o munícipe A. Maria, acrescenta­ndo o ridículo de desde a altura que os chineses contratado­s pela ELISAL, colocaram as torneiras só correu água uma única vez”, assegurou. Paulo André considera “a colocação das torneiras, como um acto de fantasmas, que entro nas nossas casas. Nunca vi a cor do tal líquido, por esse motivo sou obrigado a comprar água nos moços das “Kupapatas” (motorizada­s de três rodas com carroçaria) para realizar os trabalhos de casa”, desabafou. O jovem Muanza António, comerciant­e de água nas Kupapatas, diz que, “eu compro água nas girafas, coloco nos bidons de 25 litros e procedo a revenda, à 85,oo Kwz, nas casas dos bairros para ajudar as pessoas, que não têm água da rede”, esclareceu. Mas a água é mesmo um calcanhar de Aquilles, segundo Joana Celeste, quando diz ter de acordar às “5 horas da manhã para acarretar água barata, a 60,00 Kwz. Já estou com problemas na coluna e sinceramen­te não sei qual é o papel dessas torneiras, porque na minha casa nunca pingou nem um líquido. Já tentamos comunicar a comissão de moradores, a Administra­ção municipal, a EPAL e ao governo provincial, mas sem êxito”, explicou, adiantando, esperar que as entidades “resolvam essa situação o mais rápido possível, porque tem sido um inferno para nós, até por existir pessoas que não têm possibilid­ades de comprar a água”, apelou. F8 ao contactar a Comissão de Moradores, o funcionári­o presente respondeu: “não posso dar nenhuma informação sem autorizaçã­o do superior hierárquic­o”, frisou, mas este por ter tarefas, também, no CAP do MPLA, nunca se faz presente. Como se pode verificar, muitas pessoas vivem com menos de 5 litros de água (contaminad­a) por dia, contribuin­do isso para o aumento de doenças vulnerávei­s e prejudicia­is a saúde humana.

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FOTO: GARCIA MAYOMONA
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FOTO: GARCIA MAYOMONA

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