Folha 8

ANGOLANOS SÓ COMO ESCRAVOS

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Amultinaci­onal F.H. Bertling e seis antigos colaborado­res foram considerad­os culpados pela justiça britânica pelo pagamento de subornos a um “agente” da petrolífer­a angolana Sonangol, entre 2005 e 2006, para obterem contratos. De acordo com informação disponibil­izada no seu site pelo Serious Fraud Office (SFO) – autoridade especializ­ada em fraude e corrupção complexa na Justiça britânica -, na origem do processo estão pagamentos efectuados a um “agente” da petrolífer­a angolana com o objecti- vo de garantir contratos de 20 milhões de euros da Sonangol. De acordo com a mesma informação do SFO, dando conta da con- denação – as penas serão definidas posteriorm­ente – os funcionári­os José Morreale e Stephen Emler declararam-se culpados neste processo a 1 de Setembro de 2016, o mesmo acontecend­o a 17 de Março de 2017 com Joerg Blumberg, Ralf Petersen (entretanto falecido), Dirk Juergensen e Marc Schweiger. A 1 de Agosto último, a F.H. Bertling – multinacio­nal de origem alemã da área da logística e transporte­s – também se declarou culpada neste processo instaurado pela Justiça britânica. “A F.H. Bertling procurou obter contratos através de suborno. A prática de corrupção por empresas britânicas como esta prejudica a reputação do Reino Unido como um lugar seguro para fazer negócios e distorce o mercado, sem mencionar os danos que causa nos países onde os subornos são pagos”, afirma o director da SFO, David Green. A informação sobre a condenação foi disponibil­izada pela SFO na terça-feira, dia em que, em Luanda, João Lourenço foi empossado como novo Presidente de Angola, cerimónia durante a qual prometeu que o combate ao crime económico e à corrupção será uma “importante frente de luta” e a “ter seriamente em conta” no mandato de cinco anos que agora inicia. “A corrupção e a impunidade têm um impacto negativo directo na capacidade do Estado e dos seus agentes executarem qualquer programa de governação. Exorto por isso todo o nosso povo a trabalhar em conjunto para estripar esse mal que ameaça seriamente os alicerces da nossa sociedade”, afirmou João Lourenço, já investido como terceiro Presidente da República de Angola.

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“Conselho de Administra­ção de Isabel dos Santos, um hino ao racismo, impossível paralelo na Europa, Ásia, América Latina, Rússia e Estados Unidos”
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