Dionísio Rocha HOMENAGEADO NA III TRIENAL
Anos de dedicação e empenho em prol da música angolana e no surgimento de toda uma geração de artistas foram o motivo que levou a organização da Trienal de Luanda a homenagear o músico Dionísio Rocha, uma referência do cancioneiro nacional, cujo legado já tem várias gerações.
Chamada a Contribuições até 30/09/2017
O Centro de História da Universidade de Lisboa, o Centro de Estudos Africanos da Universidade do Porto, o Centro de Estudos Internacionais do ISCTE-IUL e o Instituto de História Contemporânea da Universidade Nova de Lisboa organizam a Conferência Internacional Angola: os legados do passado, os desa ios do presente.
Quinze anos volvidos sobre o im da sua longa guerra civil, Angola permanece um campo de estudos desa iante para a história e as ciências sociais, conforme se pode veri icar pela recente publicação de várias monogra ias sobre a trajectória histórica desde o período pré-colonial ao boom económico pós 2002. Ainda assim, são muitas as interrogações. Por exemplo, a eleição presidencial anunciada para Agosto de 2017 poderá representar um novo ciclo político? Ou, independentemente desta eleição, permanecerá a actual con iguração política e social? No mesmo sentido, haverá uma continuidade no modelo económico?
Este será, portanto, um momento oportuno para se promover uma re lexão, quer da perspectiva histórica, quer das ciências sociais, acerca de Angola. No processo de construção do país independente, de que modo pesaram os lastros do passado? Em que medida os avanços e os constrangimentos poderão ser imputados ao colonialismo ou em que medida derivam das contingências e das políticas desenhadas após a independência? Ou, ainda, como é que o ambiente externo e a inserção de Angola na economia mundial têm condicionado ou poderão contribuir para o desenvolvimento económico?
Nesta Conferência multidisciplinar pretendem-se balanços da história e de outros campos do saber acerca de Angola aliados à re lexão sobre o devir do país. O objetivo da Conferência é abrigar debates sobre novos objectos e perspectivas sobre a história política, económica e cultural de Angola, revisitando questões consagradas pela historiogra ia, e abordar temas e problemáticas relevantes para a Angola do presente.
As comunicações, de 20 minutos, poderão ser apresentadas em português, espanhol, francês e inglês e devem ser submetidas no formulário disponível nesta página.
Prazo para submissão
de propostas: 30/09/2017 Noti icação de aceitação: 16/10/2017 Divulgação do programa: 30/10/2017
O Centro de História da Universidade de Lisboa
O Centro de História da Universidade de Lisboa (CH-ULisboa) é uma das unidades mais antigas no panorama da investigação das Humanidades e Ciências Sociais em Portugal. Foi fundado por Virgínia Rau, em 1958, em resultado da divisão do antigo Centro de Estudos Históricos e Arqueológicos. No inal dos anos 70, voltou a incorporar a Arqueologia, até este campo cientí ico se autonomizar de initivamente em 1994. Durante mais de meio século, o CH-ULisboa tem mantido uma actividade contínua, que a publicação de revistas cientí icas comprova: Do Tempo e da História, Clio (série I e II) e Cadmo, continuando esta última ainda em publicação. O Grupo de Investigação Arte e Imagem foi a sede da revista Artis, que se transferiu com o Grupo, após o processo de avaliação de 2007, para o Instituto de História da Arte. O CH-ULisboa foi, também, pioneiro no desenvolvimento de projectos de investigação a nível internacional.
Desde o inal dos anos 90, o CH- ULisboa adaptou-se às novas exigências de uma investigação sólida e creditada, reforçando o seu corpo de investigadores pós-doutorados, e tendo investido fortemente na formação, em conjunto com outras unidades de investigação na área de História (UNIARQ - Centro de Arqueologia) e em articulação muito próxima com o Departamento de História da Faculdade de Letras. Por todas estas razões, O CH-ULisboa ocupa um papel único no âmbito da Universidade de Lisboa, constituindo a sua única unidade de pesquisa inteiramente dedicada à História.
No âmbito do novo quadro do Regime Jurídico das Instituições de Ensino Superior, o CH-ULisboa votou novos estatutos, em Novembro de 2009, que apresentaram duas novidades principais, com re lexos na sua actuação: a Comissão Coordenadora, composta pela Direcção e pelos responsáveis pelos Grupos de Investigação (GI), e a Comissão de Acompanhamento Externo, composta pelo Director da Área de História da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, pelo Director da própria Faculdade de Letras e por três investigadores de reconhecido mérito, externos à Universidade de Lisboa. O objectivo foi o de reforçar a coerência estratégica dos grupos de investigação e assegurar a presença de mecanismos internos de avaliação, preliminares aos processos de avaliação implementados pela agência pública nacional para o inanciamento da investigação em ciência, a Fundação para a Ciência e Tecnologia.
A unidade de investigação tem vin- do, nos últimos anos, a rede inir claramente as suas opções estratégicas, de acordo com três princípios nucleares: a concentração de práticas de trabalho, a coerência temática e a construção de redes, nacionais e internacionais. Ao mesmo tempo, mantém o compromisso com a formação de mestres e doutores, com o acolhimento de pós-doutoramentos e com a divulgação do conhecimento para diferentes públicos. A investigação presentemente desenvolvida está em linha com a agenda cientí ica internacional, em particular no que se refere aos desa ios sociais. Ao nível das práticas metodológicas, privilegiamse no interior do CH-ULisboa as abordagens direccionadas para a história global, numa perspectiva de história comparada e conectada. Em paralelo, é estimulada a complementaridade e a colaboração no interior da equipa de investigação, designadamente através da promoção de projectos de investigação em parceria e da organização de eventos cientí icos.
Actualmente, o CH-ULisboa é composto por mais de uma centena de investigadores doutorados, ultrapassando largamente a meia centena de investigadores não doutorados, número que traduz o gradual ingresso de novos elementos, especialistas e académicos em pós-doutoramento, e o acolhimento de jovens investigadores, que desenvolvem correntemente teses de mestrado e doutoramento. No seu conjunto, a equipa de investigação da unidade é responsável por uma ampla produção cientí ica, com impacto nacional e internacional, cobrindo um largo horizonte temático, cronológico e espacial.