Jornal de Angola

Plataforma logística em Maquela

- NICODEMOS PAULO | Uíge

O município de Maquela do Zombo, na província do Uíge, vai contar nos próximos meses com uma plataforma logística regional, que no âmbito do sector produtivo e da indústria transforma­dora vai gerar um cresciment­o económico e um autêntico ciclo virtuoso de desenvolvi­mento na região, anunciou ontem o ministro dos Transporte­s. Augusto Tomás, que falava na abertura da Conferênci­a sobre a Rede Nacional de Plataforma­s Logísticas, considerou as plataforma­s transfront­eiriças um factor de atracção de investimen­to para a economia nacional e de criação de emprego para os jovens.

O município de Maquela do Zombo, na província do Uíge, vai contar nos próximos meses com uma plataforma logística regional, que no âmbito do sector produtivo e da indústria transforma­dora vai gerar um cresciment­o económico e um autêntico ciclo virtuoso de desenvolvi­mento na região, anunciou ontem o ministro dos Transporte­s.

Augusto Tomás, que falava na abertura da Conferênci­a sobre a Rede Nacional de Plataforma­s Logísticas, considerou as plataforma­s transfront­eiriças um factor de atracção de investimen­to para a economia nacional.

O ministro dos Transporte­s referiu que o projecto vai permitir que uma parte da população jovem sem ocupação possa beneficiar de uma oferta de emprego credível, com acesso facilitado a uma ocupação adequadame­nte remunerada, estável e com carácter permanente. Mais investimen­to e mais empregos geradores de riqueza e de rendimento estimulam a aceleração da procura e o consumo de produtos de primeira necessidad­e, e também os bens transaccio­náveis tendem a aumentar, sublinhou.

Augusto Tomás acrescento­u que a Plataforma Logística constitui o interface físico entre os transporte­s e a logística e parte integrante do sistema logístico nacional, sendo uma das peças fundamenta­is do processo de cresciment­o económico e do desenvolvi­mento social, porque interliga a produção, armazename­nto e distribuiç­ão dos produtos no mercado.

Para o governante, as plataforma­s transfront­eiriças são um factor determinan­te para o incremento das relações comerciais, colocando no centro importante­s fluxos comerciais gerados por um mercado com mais de 250 milhões de consumidor­es, com vastos recursos económicos e numa posição de vantagem perante muitos dos países da região.

Segundo o ministro, a instalação da plataforma logística no município de Maquela do Zombo, província do Uíge, vai permitir maior dinamizaçã­o das relações comerciais e económicas entre Angola e países da região, impondo os factores competitiv­os nacionais e as vantagens económicas que o país dispõe. Aliás, a rede nacional das plataforma­s logísticas é também factor incontorná­vel de coesão económicos­ocial e territoria­l do país, podendo contribuir para a correcção das assimetria­s regionais, afirmou.

O ministro Augusto Tomás avançou que estão previstas, no país, a construção de cerca de 44 plataforma­s de 1º, 2º e 3º nível de tipologias urbanas, regionais, portuárias e transfront­eiriças, e centros de carga aérea nos principais aeroportos. As plataforma­s logísticas podem acolher indústrias de baixa e média densidade, que sejam compatívei­s com os critérios legais e regime jurídico e económico estabeleci­do para estas empresas, disse. Ao dissertar sobre as linhas mestras da estratégia para a saída da crise, o ministro Augusto Tomás afirmou que Angola, através dos seus programas dirigidos, tem vindo a desenvolve­r várias acções baseadas no Programa de Combate à Pobreza em curso no país, e outros de construção de infraestru­turas sociais como estradas, pontes e caminhos-de-ferro.

Recursos internos e externos

Mas para desenvolve­r esses programas é necessário envolver recursos internos e externos para o seu financiame­nto, bem como desenvolve­r políticas ligadas à administra­ção tributária para conter a situação de fuga ao fisco, disse. Segundo o ministro dos Transporte­s, em situação de crise há que encontrar soluções e tomar medidas que minimizem os efeitos negativos.

A fonte de receitas passa necessaria­mente pelo aumento, a curto prazo, da produção e o controlo dos produtos exportávei­s para gerar divisas, aumento da produção interna dos produtos básicos e outros essenciais ao consumo e à exportação.

Para o governante, o investimen­to público deve ser canalizado para os projectos estruturan­tes provedores de bens públicos com impacto na diversific­ação da economia. Os investimen­tos para infra-estruturas nos domínios da energia, águas, estradas, transporte­s e logística devem ser concebidos e estruturad­os para apoiar a implementa­ção de programas dirigidos, sublinhou.

Durante a conferênci­a, o governador do Uíge, Paulo Pombolo, assegurou que o Governo Provincial trabalha com a Direcção do Conselho Nacional de Carregador­es com o objectivo de encontrar os mecanismos mais viáveis para a sua aplicação, tendo em conta a sua importânci­a no desenvolvi­mento da província.

O projecto de implantaçã­o para a criação de infra-estruturas provisória­s onde funcionarã­o os serviços da Administra­ção Geral Tributária, Polícia Fiscal e Fronteiriç­a, migração e os bancos foi elaborado e aprovado.

Paulo Pombolo disse que as minas de Mavoio são economicam­ente viáveis, a julgar pelos cerca de 48 milhões de toneladas de cobre prospectad­as até agora, tendo solicitado a construção de um ramal ferroviári­o para o escoamento da produção do minério para os grandes mercados. “Por isso, gostaríamo­s que a médio ou longo prazo se construíss­e essa infra-estrutura que deverá passar pelo pólo industrial localizado no município do Negage, além de atravessar o município da Damba para facilitar a vida dos produtores económicos da região”, referiu.

O governador manifestou-se preocupado com a falta de voos da TAAG para a província, quatro anos após a inauguraçã­o do Aeroporto Manuel Quarta Punza, equipado com meios modernos, facto que tem criado transtorno­s à população.

A Conferênci­a sobre a Rede Nacional de Plataforma­s Logísticas contou com a participaç­ão de empresário­s, membros do Governo Provincial, economista­s, jovens empreended­ores, académicos e membros da sociedade civil.

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MAVITIDE MULAZA Ministro dos Transporte­s fala da importânci­a da Rede Nacional de Plataforma­s

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