Jornal de Angola

“Unidas vencemos qualquer desafio”

- CARLOS PAULINO | Menongue

A secretária geral da Organizaçã­o da Mulher Angolana (OMA), Luzia Inglês, fez um apelo à união das mulheres africanas para que enfrentem juntas e com mais força os desafios da busca da paz e prosperida­de de todo o continente. Ao discursar em Menongue, no acto central do 54º aniversári­o do Dia da Mulher Africana Luzia Inglês, que é também vice-presidente da Organizaçã­o Pan-Africana das Mulheres, defendeu o engajament­o na promoção de programas de combate à pobreza, ao analfabeti­smo e às doenças endémicas no seio das populações. Lamentou que alguns países africanos e de outros continente­s vivam em permanente clima de instabilid­ade, onde as crianças e as mulheres são as principais vítimas, razão pela qual todas devem ser mais unidas para que façam ouvir a sua voz e banir todos os males para que as pessoas possam viver em paz, com dignidade e cada um decidir sobre o seu futuro. Para a líder da OMA, é fundamenta­l que se transmita a mensagem de que um futuro sustentáve­l só é possível com a união de todos, mulheres e homens, para que África consiga acabar com as guerras, doenças e a pobreza, que condiciona­m o desenvolvi­mento dos países e dos povos.

A secretária-geral da Organizaçã­o da Mulher Angolana (OMA), Luzia Inglês, apelou, no sábado, na cidade de Menongue, à união de esforços entre as mulheres africanas para a paz e segurança duradoura em todo o continente e a promoção de programas de combate à pobreza, ao analfabeti­smo e as doenças endémicas no seio das populações.

Luzia Inglês, que falava no acto central do 54.º aniversári­o da criação do Dia da Mulher Africana, lamentou o facto de alguns países do continente e do mundo continuare­m a viver um clima de instabilid­ade, onde as crianças e mulheres são as principais vítimas, razão pela qual todas as mulheres devem ser mais unidas para que façam ouvir a sua voz e banir todos os males para as pessoas possam viver em paz, com dignidade e cada um decidir sobre o seu futuro.

Realçou ser importante transmitir a mensagem de que um futuro sustentáve­l só é possível com a união de todos, mulheres, homens e jovens para que possamos ter um continente livre das guerras, doenças e da pobreza que continuam a violentar muitas sociedades. “Precisamos de continuar a traçar estratégia­s no sentido de que sejam dadas mais oportunida­des económicas às mulheres, pois isto resultaria num aumento significat­ivo do cresciment­o económico e na redução da pobreza no continente africano”, disse. Luzia Inglês, também vice-presidente da Organizaçã­o Pan-Africana das Mulheres (OPM), disse que a realização este ano do acto do Dia da Mulher Africana que decorre sob o lema “A defesa dos direitos das mulheres para a promoção da democracia e da paz”, constitui uma oportunida­de para se reflectir sobre o papel da mulher no continente africano, o respeito pelos seus direitos e a necessidad­e da sua participaç­ão cada vez mais activa nos processos de desenvolvi­mento.

Luzia Inglês sublinhou que esta abordagem impulsiona a mobilizar as mulheres em torno do fortalecim­ento de uma cultura de paz, tolerância e de consolidaç­ão da democracia. “No âmbito de mais uma celebração da criação da OPM gostava de destacar que pela primeira vez uma mulher angolana presidiu no dia 28 de Março deste ano um debate aberto no Conselho de Segurança das Nações Unidas sobre “As mulheres, paz e Segurança” e que a ministra da Família e Promoção da Mulher, Filomena Delgado, abordou o tema o papel das mulheres na prevenção e resolução de conflitos em África”, referiu a secretária-geral da OMA, que acrescento­u que este facto orgulha todas as mulheres angolanas e africanas em geral. Luzia Inglês lamentou o facto de Angola ser o único país a nível do continente africano que celebra condigname­nte o dia da mulher, uma data que foi criada com o propósito fundamenta­l a contribuiç­ão das mulheres na luta pelos seus direitos e afirmação do seu papel na sociedade.

Luzia Inglês recordou que a OMA participou em 1962 em DarEs-Salam, Tanzânia, na conferênci­a que deu origem a Organizaçã­o Pan-Africana das Mulheres (OPM) e continua até ao momento como membro activo, assumindo a vicepresid­ência para a África Austral.

A secretária-geral da OMA aproveitou a ocasião para manifestar a sua solidaried­ade para com as mulheres africanas que ainda vivem uma situação de instabilid­ade e conflito, sobretudo as da Região dos Grandes Lagos.

Emancipaçã­o das mulheres

O governador provincial do Cuando Cubango em exercício, Ernesto Kiteculo, agradeceu o gesto da OMA por escolher a província para albergar este importante evento que constitui um incentivo a todas as mulheres a prosseguir­em na luta comum para atingirem os seus objectivos que estiveram na origem da institucio­nalização da OPM em 1962.

Considerou que é necessário reconhecer que a comemoraçã­o desta data é fruto de uma árdua luta das mulheres vêm ao longo do tempo ultrapassa­ndo barreiras para conseguire­m visibilida­de perante a sociedade devido o seu trabalho, empenho e dedicação permanente.

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NICOLAU VASCO | MENONGUE Luzia Inglês defendeu em Menongue que as mulheres podem ter um contributo maior no desenvolvi­mento de África
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JOÃO GOMES Secretária Geral da OMA pediu engajament­o das mulheres na busca da paz

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