Equipas fogem da cauda
O “cliente” habitual do último lugar do Mundial de Fórmula 1, Construtores, tem sido a Manor, mas este ano, a meio da temporada é a Sauber que ocupa essa posição.
Nas corridas que faltam para terminar a temporada de 2016, nessa parte da tabela vai jogar-se uma autêntica batalha pela sobrevivência. Se é verdade que o dinheiro importa muito no topo da disciplina, lá no fundo as coisas estão muito piores, pois a diferença entre pontuar ou não pode ser decisiva quando se tenta sobreviver.
O ponto que Pascal Wehrlein alcançou para a Manor na Áustria é de grande importância, pois determina que a Sauber seja neste momento a lanterna vermelha. A contribuir para o facto está a Mercedes, que depois de colocar Wehrlein na Manor agora coloca Esteban Ocon, com a Manor a servir duma espécie de ponto de passagem para dois pilotos de quem se espera um grande futuro, provavelmente, um deles, ou mesmo os dois, mais cedo ou mais tarde irão rumar à equipa principal, por isso esta luta pode ser muito interessante, neste, e nos próximos anos. Para a Mercedes, para a Manor e também, logicamente para os dois pilotos.
Quem perde com isso é a Sauber, que apesar de ter novos proprietários, vai demorar ainda algum tempo a sair do buraco em que se encontra. Mas já há sinais que mostram uma reacção da Sauber, que anunciou agora a contratação de Xevi Pujolar, um experiente engenheiro que saiu da Toro Rosso quando Max Verstappen passou para a Red Bull.
Para que se perceba a diferença entre ser último do Mundial de Construtores ou penúltimo, o que se recebe da FOM difere em 35 milhões de dólares, uma quantia significativa. Portanto, está agora nas mãos da Sauber reagir, mas com a nova dupla da Manor, a ajuda da Mercedes, não vai ser nada fácil aos homens de Hinwill saírem do lugar em que se encontram.