Jornal de Angola

Mais forças da ONU em Juba para travar partes em guerra

-

A Organizaçã­o das Nações Unidas para o Desenvolvi­mento Industrial (Unido) pediu, na cidade chinesa de Hangzhou, à margem do encerramen­to da reunião dos líderes das 20 maiores economias do mundo, aos países do G-20 para promoverem “a transforma­ção sustentáve­l e a industrial­ização em África.”

Aquela agência da ONU propõe uma maior troca comercial, aumento dos investimen­tos e apoio à criação de empregos, e recomenda ao G-20 para apoiar a agricultur­a e o desenvolvi­mento de agronegóci­os e encorajar mais a integração regional em África.

A “revolução industrial” do continente africano, que só será alcançada com o aumento do acesso à internet e com projectos que envolvam “big data”, impressões em 3D, nanotecnol­ogia e biotecnolo­gia também é defendida pela Organizaçã­o das Nações Unidas para o Desenvolvi­mento Industrial por terem o potencial de aumentar a produtivid­ade, ajudar na economia de energia e reduzir o consumo nas nações africanas.

O apelo da Unido às 20 maiores economias do mundo é feito depois de o relatório económico deste ano sobre África prever que o continente vai manter o nível de desemprego apesar da “performanc­e relativame­nte boa diante da crise económica global.” Também é feito depois de Kanayo F. Nwanze, presidente do Fundo Internacio­nal de Desenvolvi­mento Agrícola, alertar na sexta conferênci­a internacio­nal sobre Desenvolvi­mento Africano (Ticad), realizada no mês passado em Nairobi, capital do Quénia, que África gasta anualmente 35 mil milhões de dólares para importar alimentos que, se fossem produzidos no continente, podiam criar milhões de postos de trabalho na agricultur­a.

O mais recente relatório da conferênci­a das Nações Unidas para o Comércio e Desenvolvi­mento (UNCTAD) mostra que 23 por cento dos agricultor­es e exportador­es de 16 países africanos sentem que o acesso a verbas ficou mais restrito nos últimos cinco anos e que para 64 por cento a situação não melhora, quando dados científico­s demonstram que o potencial do continente é enorme. Para alterar o quadro, a UNCTAD defende “fortemente” um esforço coordenado para melhorar a recolha de dados entre valores domésticos e internacio­nais de produtos orgânicos africanos “para que um melhor plano de negócios possa ser criado no continente [africano].

Newspapers in Portuguese

Newspapers from Angola