Angola persegue feito inédito
Competição a ter lugar na cidade mexicana de Acapulco pode ser momorável
A revalidação do inédito terceiro título consecutivo, na 24ª edição do Mundial de Pesca Desportiva de Alto Mar, para dedicar ao povo angolano, é o sentimento que norteia os integrantes da Selecção Nacional na prova que vai decorrer de 5 a 11 de Novembro, na cidade mexicana de Acapulco, com a participação de países da América, África e Europa.
O facto foi revelado ontem pelo treinador e capitão das equipas A e B, Rogério Matos, durante a apresentação dos oito integrantes, tendo como indicador a experiência adquirida ao longo dos últimos anos nas provas internacionais, na busca do quarto título, o terceiro consecutivo.
“Angola tem muita experiência. É óbvio que vamos precisar de sorte. Somos o único país com três títulos mundiais e queremos conquistar o quarto, para dedicar ao povo angolano no dia em que vamos comemorar mais um aniversário da nossa independência”, sublinhou Rogério Matos.
Sobre os possíveis oponentes da equipa nacional na competição, o também vice-presidente da Federação Angolana de Pesca Desportiva (FAPD), reconheceu o potencial da África do Sul, sem desprimor aos demais: “Sem querer menosprezar os adversários, Angola é um alvo a abater por qualquer um dos participantes.”
A confiança de Rogério Matias é sustentada pelo grupo coeso composto por pescadores que ao longo do ano tiveram uma prestação notável nos últimos meses, nas diferentes provas do calendário nacional.
Dos oito eleitos, divididos pela selecções Ae B, destaque para o jovem Ruben Leal, 19 anos, líder do ranking mundial a título individual, no que diz respeito ao número de espécies capturadas.
Nos cinco primeiros da classificação da Associação Internacional de Pesca Desportiva (IGFA), constam outros dois angolanos.
Rogério Matos esclareceu que, ao contrário de outras modalidades, na pesca a selecções Ae B estão em pé de igualdade, tendo recordado o título mundial alcançado pela equipa B, no Brasil, em 2014. “É apenas uma questão de inversão”, aclarou.
Para “Operação Acapulco” foram convocados Carlos Louro “Careca”, Luís Mateus, Mauro Queirós, António Rocha, João Lopes, Júlio Rocha, Ruben Leal e Airton Moreira. O treinador lamentou as ausências do ex-seleccionador nacional, Fernando Duarte, por razões familiares. Fernando Santos “Fefé”, presidente de direcção da FADP, disse que nesta altura aguarda pela resposta de possíveis patrocinadores, uma vez o principal ter reduzido para menos de metade o orçamento inicialmente previsto, face ao actual momento de austeridade financeira.
“Para que os objectivos sejam alcançados, é imperioso que consigamos ter todas as condições criadas. Isso inclui a nossa preparação, que vai começar em território nacional”, avisou Fefé Santos.
Os atletas nacionais têm agendado três sessões de treinos em águas territoriais angolanas, antes de seguir viagem para o palco da prova. Além do titulo alcançado o ano passado na província de Benguela, Angola atingiu o feito em 2008 (África do Sul) e 2014 (Brasil).
Pescadores angolanos estão empenhados em conservar a supremacia no México