Área da floricultura no país já precisa de mais incentivos
O ambientalista Simão dos Santos pediu na sexta-feira, em Luanda, aos empresários da floricultura para apostarem na produção em grande escala da rosa de porcelana para a exportação.
O activista ambiental, convidado pela agência de notícias Angop para comentar sobre a criação de plantas ornamentais, disse haver uma grande necessidade de apostar na floricultura, no âmbito da diversificação da economia, por ser uma área que gera muitas receitas.
Em sua opinião, o desinteresse do empresariado nacional em fazer negócios na área da floricultura tem a ver com o facto de, até há algum tempo, em Angola só haver negócios que geravam lucros imediatos, mas, com a realidade actual, abre-se um novo campo de investimento.
O investimento na floricultura, acentuou o ambientalista, é uma grande oportunidade para o sector empresarial, além de que o consumidor final tem benefícios, através da aplicação de preços justos.
O ambientalista Simão dos Santos disse acreditar que o solo em Angola “tem tudo para a produção de flores”, uma actividade que “realmente dá muito trabalho e envolve alguns riscos, como qualquer negócio”.
O ambientalista frisou que, no exterior do país, a rosa, sem decoração, é comercializada entre cinco e dez dólares por pé. Em Angola, os preços das plantas ornamentais são mais elevados. Em Luanda, um pé de flor simples é vendido a 1.500 kwanzas, mas com ornamentação pode chegar a 2.500 kwanzas.
Viveiro do Kinaxixi
Centenas de milhares de plantas, entre palmeiras, eucaliptos, coqueiros e pingo de ouro estão disponíveis no viveiro do Instituto de Desenvolvimento Florestal (IDF), em Luanda, para o repovoamento ornamental e florestal.
O ambientalista Simão Santos disse que o viveiro produz mudas para serem comercializadas à população e às administrações municipais e comunais. O local tem dez naves, cada uma das quais produz 50 bolsas de plantas de várias espécies, além de três incubadoras, onde é feita a germinação das sementes.