CARTAS DO LEITOR
Disciplina na polícia
Com a entrada em serviço de cerca de 400 novos agentes da Polícia Nacional, a corporação dá um exemplo claro e firme de que pretende mudar de uma vez por todas. Independentemente dos resultados, uma coisa parece claramente óbvia: a Polícia Nacional pretende mudar a imagem que a sociedade tem dela.
Parece-me igualmente uma tentativa, para começar, muito bem sucedida de acabar com a chamada “gasosa”, mecanismo vergonhosamente interpretado como um suposto “entendimento entre o agente e o automobilista”.
Romper com aquela realidade constitui um facto importante porque todos nós pretendemos que as coisas mudem para o melhor.
Era bom que toda a sociedade acompanhasse esses esforços da Polícia Nacional com a mesma determinação para mudarmos também e nos esforçarmos todos a favor da legalidade.
Não faz sentido cultivar a ilegalidade para depois subornar os agentes do Estado, uma prática que está a ser combatida.
Gostei desta importante iniciativa da Polícia Nacional, numa altura em que a criminalidade está controlada em todo o país. províncias de Luanda e Bengo. E no evento uma das coisas que foi salientada foi a necessidade da qualidade naquele importante ramo do saber.
Como se sabe, durante o “boom” das universidades os números quantitativos falaram sempre mais alto e, em minha, opinião foi muito bom a fase de crescimento quantitativo das nossas universidades.
Hoje, as preocupações de grande parte da sociedade parece resvalar para a necessidade do resgate da qualidade enquanto factor que vai proporcionar o ensino reconhecimento e outros agregados.
Afinal, precisamos de um ensino que resolva os problemas da sociedade, arranjando soluções para desafios que enfrentamos nas grandes cidades e na periferia.
Temos numerosos problemas que precisam de receber a contribuição de sectores onde a chamada “massa cinzenta” funciona a todo o gás porque, como sabemos, a investigação deve ser colocada ao serviço da sociedade.
Dos problemas sociais, políticos e económicos, Angola não pode continuamente “importar” modelos, estudos e maneiras de executar as coisas quando podemos obter isso por via do que as nossas universidades podem sugerir. que a limpeza e saneamento diz respeito. Acho que uma das coisas fundamentais que deve suceder em primeiro lugar tem a ver com a necessidade das pessoas mudarem de mentalidade.
Urge ponderarmos a forma co mo lidamos com o lixo desde a casa até ao contentor, um percurso que deixa muito a desejar a julgar pela como as famílias acomodam os resíduos sólidos. Acho que começa a fazer falta uma ampla sensibilização e contínua mobilização para que as famílias façam uma gestão eficiente do lixo.
Mesmo nas zonas em que não existam contentores disponíveis, não faz sentido que as pessoas despejem o lixo no solo.
Não é admissível que se despeje lixo no solo, quando é recomendável que o lixo seja empacotado e devidamente selado num saco, preferencialmente preto.
Viajei por várias cidades africanas e nas localidades onde não havia contentores nunca se encontrava o lixo no chão, razão pela qual suponho que aqui enfrentamos um problema de educação e sensibilização.
A manipulação do lixo em condições higiénicas é fundamental para que tenhamos um ambiente sadio, assegurando uma vida tranquila para as gerações actuais e as posteriores. A comunidade deve ajudar as autoridades a resolver o nosso problema de saneamento básico. Tosdos os cidadãos devem contribuir para que limpeza em todo o país.