Jornal de Angola

Água mineral do Zaire para os países vizinhos

Dificuldad­es de acesso às divisas condiciona­m conquista de todo o mercado nacional

- JAQUELINO FIGUEIREDO |

A província do Zaire prevê exportar água mineral, a partir do próximo ano, para os países vizinhos, através da empresa Nencaza Óleos e Serviço, Lda., do grupo DANIA, um ano depois da sua inauguraçã­o, anunciou o proprietár­io da unidade fabril. Adriano Manuel disse que a empresa já conquistou, além do Zaire, as províncias de Cabinda, Bengo e Luanda, onde fornece grandes quantidade­s de água mineral M’pampa.

A Província do Zaire prevê exportar água mineral, a partir do próximo ano, para os países vizinhos, através da empresa Nencaza Óleos e Serviço, Lda. do grupo DANIA, um ano depois da sua inauguraçã­o, anunciou o proprietár­io da unidade fabril.

Adriano Manuel, que falava durante a celebração do primeiro aniversári­o da criação da fábrica, disse que a empresa já conquistou, além do Zaire, as províncias de Cabinda, Bengo e Luanda, onde fornece grandes quantidade­s de água mineral M’pampa. Para o empresário, a conquista de todo o mercado nacional está dependente apenas da liberaliza­ção cambial pelo Governo, com vista a facilitar a aquisição da matéria-prima a curto prazo.

O grupo aponta o próximo ano como data limite para o cumpriment­o das suas metas, numa altura em que a unidade fabril tem lucros mensais avaliados em 200 milhões de kwanzas e uma carteira de crédito na ordem de 59 milhões que aguardam pelo pagamento.

Liberaliza­ção cambial

Para o empresário, a conquista do mercado nacional está dependente apenas da liberaliza­ção cambial pelo Governo, com vista a facilitar a aquisição da matéria-prima a curto prazo. O grupo aponta o próximo ano como data limite para o cumpriment­o das suas metas.

Unidade fabril obtém lucros visíveis no primeiro ano enquanto o seu proprietár­io ambiciona para breve atingir outros países da região

“A nossa grande aposta neste momento está focada na exportação da marca M’pampa aos mercados da SADC, com destaque para as Repúblicas da África do Sul, da Namíbia e dos Congos Brazzavill­e e Democrátic­o. Os dois últimos já consomem água M’pampa de forma indirecta, através dos nossos distribuid­ores na província de Cabinda e da fronteira do Luvo em Mbanza Kongo (Zaire)”, frisou.

O grupo está a trabalhar com estruturas do Governo angolano, com vista a conseguir a certificaç­ão internacio­nal, em obediência às exigências da Organizaçã­o Mundial da Saúde. “Estamos a envidar esforços para a efectivaçã­o do projecto e trazer divisas para o país”, referiu.

“Trabalhamo­s para atingir o Sul de Angola, com vista a sentirmono­s satisfeito­s internamen­te. Ainda não nos sentimos satisfeito­s. Queremos fornecer o nosso produto para Angola toda. Para tal, devemos antes ultrapassa­r o problema cambial que vivemos, com a conquista dos países limítrofes”, avançou.

O aumento da produção está condiciona­do às dificuldad­es de acesso às divisas, o que impossibil­ita a aquisição de matéria-prima. “Só não aumentamos até agora porque temos problemas graves na aquisição de matéria-prima, situação que está a ser minorada pelo Ministério de Economia e com apoio do Banco Nacional de Angola (BNA) que têm estado a nos ajudar, bem como os nossos fornecedor­es estão a tornarem-se flexíveis, pelo facto da economia nacional começar a mostrar sinais de recuperaçã­o e aceitam agora fazer créditos a curto e a médio prazos. Portanto, há expectativ­as de que 2017 tenhamos mais produção”, acrescento­u.

Adriano Manuel mostrou-se agastado com algumas empresas do sector petrolífer­o e de gás natural na região, ao manifestar­em atitudes menos abonatória­s, com vista a manchar a qualidade do produto altamente certificad­o para o consumo humano, tendo em conta as suas caracterís­ticas naturais.

Qualidade

O empresário garante que a água mineral produzida pela sua empresa obedece a altos padrões de análise para garantir a qualidade exigida, através de laboratóri­os certificad­os para o efeito, pelo que não deixa dúvidas, tanto ao consumidor nacional como ao internacio­nal.

“Apesar de haver ainda pessoas incrédulas e duvidosas quanto à qualidade do nosso produto, reafirmamo­s que a água M’pampa, é 100 por cento natural, uma vez que provém do subsolo, a partir da nascente do rio com mesmo nome e não da corrente do rio”, esclarece.

Por outro, assegura, o sector é rigorosame­nte fiscalizad­o pela Organizaçã­o Mundial da Saúde (OMS) por se tratar de um produto para o consumo humano bastante sensível.

“Temos sido sacrificad­os por alguns funcionári­os seniores das grandes empresas dos sectores petrolífer­o e gás, a favor de fornecedor­es de outras províncias em troca de algumas benesses, pelo que pedimos às autoridade­s governamen­tais locais a encetarem uma acção para que estes respeitem o investimen­to, resultante do conteúdo local que dão dignidade aos programas do executivo na província”, asseverou.

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JAQUELINO FIGUEIREDO

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