PROJECTO AGRÍCOLA Quiminha já abastece grandes superfícies
O projecto Integrado de Desenvolvimento Agrícola e Regional de Quiminha, município do Icolo e Bengo, continua a dar frutos e de boa qualidade. Nesta altura está em perspectiva o início da colheita do milho, além da batata rena e das hortícolas que já têm abastecido alguns mercados e grandes superfícies de Luanda.
O governador de Luanda, Higino Carneiro, e o ministro da Agricultura, Marcos Nhunga, visitaram ontem o projecto agrícola que nesta altura produz dezenas de toneladas de produtos diversos, entre tomate e pimento, que são fornecidos ao supermercado Kandando, Kero, Alimenta Angola, mercado do Quilómetro 30 e outros.
O ministro Marcos Nhunga acredita que com a conclusão da unidade fabril que está a ser montada, principalmente no que se refere à produção de soja que depois vai viabilizar a produção de ovos e frangos, o projecto pode vir a mitigar os problemas da província de Luanda, o maior centro de consumo no país.
Na Quiminha, foram visitadas as estufas de produção de pimento e tomate. Os produtos colhidos são levados para a área da logística, onde é feita a recepção, selecção, limpeza e organização, um trabalho feito por jovens que encontraram o primeiro emprego com o projecto. Jurema de Oliveira e Jorgina Luís são jovens, como outros que conseguiram o primeiro emprego no projecto agrícola da Quiminha. Para elas, colher, lavar e organizar os produtos do campo é um trabalho que se aprende rapidamente.
Preços acessíveis
Ao invés de se direccionar toda a produção do projecto para as grandes superfícies comerciais, ficou acordado com os gestores a criação de um mercado, no Quilómetro 30, segundo o ministro da Agricultura, onde os munícipes possam adquirir os produtos a preços acessíveis. “O que vamos fazer agora é construir um mercado onde a população possa adquirir produtos de qualidade e até a preços baixos”, explicou.
A Administração Municipal do Icolo e Bengo ficou também com o compromisso de criar um mercado para receber os produtos do projecto e dar a possibilidade aos munícipes e outros de adquirirem a preço acessível.
Famílias alojadas
O governador de Luanda informou que até Maio do próximo ano o projecto Integrado de Desenvolvimento Agrícola da Quiminha vai estar completo com as 300 famílias alojadas. “Hoje decidimos fazer uma entrada de 30 famílias por mês, ou seja, até Maio do próximo ano o projecto vai estar completo com todas as famílias instaladas”, realçou o governador.
Higino Carneiro explicou que os critérios estão definidos e que vai dar prioridade à juventude como força motriz do projecto para assegurar a sua continuidade e a outra parte aos que já trabalhavam no local e que foram retirados por força da implementação do projecto.
O centro logístico vai passar a comprar a produção das 300 famílias instaladas e que as mesmas vão ter um subsídio mensal de maneira a garantir algum sustento, porque as culturas só são vendidas depois de produzidas.
O governador visitou também a Aldeia Solar, um projecto com 500 residências que até agora estão desabitadas. Higino Carneiro garantiu que existe uma empresa que faz a manutenção das mesmas e que as famílias já estão cadastradas. O atraso na entrega das casas está associado à intenção de envolver ou enquadrar as mesmas famílias no processo produtivo.
O Governo vai agravar a taxa de importação de carne para incentivar o aumento da produção nacional. Dados disponíveis indicam que, anualmente, o país gasta cerca de mil milhões de dólares com a importação de carne. Com o agravamento da taxa de importação de carne, o país vai poupar duzentos milhões de dólares por ano. Para o presidente da Associação Industrial de Angola (AIA), José Severino, os importadores de carne podem utilizar os recursos financeiros que usam na importação para fomentar a produção interna.
Dezasseis novas fábricas vão ser instaladas na Zona Económica Especial (ZEE) Luanda-Bengo. A informação foi revelada à RNA pelo director de operações da ZEE Luanda-Bengo, Saraiva Baptista, que explicou que no último trimestre deste ano foram concedidos mais de seis lotes de terreno para a instalação dessas novas indústrias. Uma das fábricas vai transformar resíduos de petróleo.
Governador provincial de Luanda foi ontem verificar os níveis de produção na Quiminha