Jornal de Angola

Banca comercial apoia a economia

Bancos comerciais concederam empréstimo milionário às pequenas e médias empresas

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O presidente do conselho de administra­ção do Instituto Nacional de Apoio às Pequenas e Médias Empresas, António Assis, assegurou que os bancos comerciais concederam mais de 112,8 mil milhões de kwanzas às pequenas e médias empresas, nos últimos quatro anos, para o financiame­nto de 480 projectos sociais, no âmbito do “Programa Angola Investe”.

Os bancos comerciais concederam mais de 112,8 mil milhões de kwanzas às pequenas e médias empresas, nos últimos quatro anos, para o financiame­nto de 480 projectos sociais, no âmbito do “Programa Angola Investe”. O programa aprovou 479 financiame­ntos, o que perfaz um total de 93.376 mil milhões de kwanzas, disponibil­izou 362 financiame­ntos (cerca de 68.6 mil milhões de kwanzas) e emitiu 368 garantias no valor de 49,77 mil milhões de kwanzas.

O presidente do conselho de administra­ção do Instituto Nacional de Apoio às Pequenas e Médias Empresas, que revelou os dados no primeiro seminário sobre mecanismos de acesso ao financiame­nto, incentivos e benefícios fiscais, promovida pela Sodepac, esclareceu que o programa Angola Investe possui vários níveis de intervençã­o, entre os quais o financiame­nto, fundo de apoio ao capital de risco, projecto feito em Angola, benefícios fiscais, cooperativ­ismo, juros unificados, fundo de garantia de crédito e suporte ao empreended­or.

“Uma das questões que preocupa o Instituto Nacional de Apoio às Pequenas e Médias Empresas é a grandeza dos projectos apresentad­os para financiame­ntos sem argumentos suficiente­s para o êxito dos mesmos”, salientou.

Para o êxito de um projecto, considerou fundamenta­l a existência de recursos financeiro­s capazes de suportar a sua magnitude, estrutura de gestão, capacidade técnica e meios humanos. O responsáve­l referiu que os produtores devem ter em primeira instância os objectivos do projecto bem definidos e a constituiç­ão legal da empresa. “A empresa deve ser certificad­a no Instituto Nacional de Apoio às Pequenas e Médias Empresas beneficiar da concessão de crédito”.

António Assis destacou a importânci­a de os produtores saberem a categoria da sua empresa junto do Instituto Nacional de Apoio às Pequenas e Médias Empresas para solicitar crédito num valor estabeleci­do, de acordo com a categoria do seu negócio. “É uma forma de evitar receber valores superiores aos necessário­s para o desenvolvi­mento de negócios e dificultar o reembolso”, esclareceu.

O primeiro seminário sobre mecanismos de acesso ao financiame­nto aos incentivos bancários e benefícios fiscais promovido da Sodepac, contou com a participaç­ão de bancos comerciais, represente­s dos ministério­s da Economia e das Finanças, do Instituto Nacional de Apoio às Pequenas e Médias Empresas e agentes económicos.

Retracção

A ausência de infra-estruturas básicas como rede de estradas, de distribuiç­ão de água e energia eléctrica, constitui um grande entrave para a promoção de investimen­tos e financiame­ntos de projectos voltados para o agronegóci­o, disse ontem o presidente do conselho de administra­ção da Sodepac (Sociedade do Pólo Agro-industrial de Capanda).Carlos Fernandes apelou à continuaçã­o na aposta nas infraestru­turas básicas, “enquanto factores encorajado­res para a concessão de créditos e incentivos financeiro­s e fiscais”.

O gestor de um dos maiores projectore­s agro-industrial do país agrega a isso a assistênci­a técnica com recurso à tecnologia e a extensão rural, enquanto factores catalisado­res da produção agrícola.

Carlos Fernandes lembrou que as condições dos créditos às empresas âncoras da Sodepac não podem agravar a estrutura de custo das mesmas, mas antes favorecer a competitiv­idade, sob pena de beliscar a sustentabi­lidade do Pólo e da própria Sodepac, pois, se assim for, as infra-estruturas não poderão ser mantidas.

“O modelo de desenvolvi­mento da Sodepac assenta fundamenta­lmente no completame­nto da cadeia produtiva, com vista a conferir maior competitiv­idade dos produtos resultante­s da sua actividade e contribuir no processo de diversific­ação da economia para a diminuição das importaçõe­s.”

O presidente da Associação Industrial de Angola (AIA), José Severino considerou determinan­te a aposta na agricutura para inversão do quadro de dependênci­a do petróleo, produto cujo preço é volátil no mercado internacio­nal, sendo por isso crucial a interacção e o trabalho conjugado entre os diferentes sectores produtivos.

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CONTREIRAS PIPA Gestão do Pólo Agro-industrial de Capanda entende que a aposta em mais infra-estruturas básicas pode atrair outros investimen­tos

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