Prática da pesca artesanal cria milhares de empregos
A pesca artesanal marítima, a nível de toda a costa do país, proporciona empregos directos para mais de 50 mil pescadores inseridos em mais de 250 comunidades piscatórias, afirmou a ministra das Pescas.
Victória de Barros Neto, que falava quinta-feira, no final da inauguração de um centro de apoio de pesca artesanal do sector da salga e seca, na Ilha de Luanda, disse que o contributo da pesca artesanal marítima no global das capturas actuais é de aproximadamente 158 mil toneladas, correspondentes a 35 por cento.
Este percentual, frisou, pode aumentar com a entrada em funcionamento de outros centros de apoio à pesca artesanal, construídos noutras províncias do litoral, no âmbito do programa aprovado em 2000 pelo Executivo angolano, para o fomento e desenvolvimento da pesca artesanal marítima.
A ministra sublinhou que a construção de mais centros vai desenvolver o sector pesqueiro, rumo a uma maior participação para a segurança alimentar e nutricional da população e para a diversificação da economia, com vista à saída da actual crise económica que afecta o país.
Com a inauguração do Centro de Apoio de Pesca Artesanal do Sector da Salga e Seca, na Ilha do Cabo, os pescadores da província de Luanda beneficiam de melhores condições de trabalho. A ministra das Pescas, que procedeu à inauguração do empreendimento, a par dos pescadores artesanais, disse que o centro vai apoiar as mulheres processadoras e comercializadoras de pescado.
As processadoras e comercializadoras de pescado vão ter à sua disposição áreas específicas para tratarem e venderem o pescado em condições higio-sanitárias aceitáveis, salientou a ministra. Para a governante, o centro vai servir de ponto de recolha de amostras e de dados estatísticos para uma melhor avaliação dos recursos pesqueiros capturados pela frota artesanal.
A avaliação vai ser feita pelo Instituto de Investigação Pesqueira, tendo em vista melhorar o controlo das capturas por parte dos Serviços Nacionais de Fiscalização das Pescas e Aquicultura. Financiado pelo erário público, o Centro de Apoio de Pesca Artesanal do Sector da Salga e Seca está orçado em cerca de 3,2 milhões dólares.
Enquadrado no Programa Nacional de Desenvolvimento 2013/2017, o centro conta com uma ponte para acostagem, câmaras de conservação com capacidade para 30 toneladas de pescado e túnel de congelação de pescado de 10 toneladas.