Mourinho ataca Wenger
José Mourinho considera que Arsène Wenger é mais respeitado pela comunicação social do que ele próprio na antevisão da recepção do Manchester United ao Arsenal, o grande jogo da 12ª jornada da Premier League marcado para hoje.
O treinador português recorda que, além de nunca ter perdido um jogo frente ao técnico francês, foi campeão há 18 meses, enquanto o seu rival não festeja um título há uma dúzia de anos. Os “mind games” de Mourinho na véspera de um grande jogo.
Uma guerra antiga, desde os tempos em que Mourinho rotulou o seu adversário como “especialista do fracasso”, mas Mourinho considera que os números do passado não entram nas contas do jogo de hoje. “Os meus registos contra os outros treinadores, sejam bons ou maus, não têm qualquer importância para mim. A única coisa que interessa é o que consegues como equipa”, atirou.
Além disso, Mourinho recorda que o jogo de hoje vai opor os dois treinadores com melhor registo na Premier League. “Sir Alex Ferguson já não está aqui e amanhã (hoje) será um jogo entre dois treinadores que, entre eles, somam seis ou sete títulos, não tenho bem a certeza, na Premier League. Eu tenho três e penso que o mister Wenger também tem três”, prosseguiu.
Títulos suficientes para Mourinho reclamar o mesmo respeito que considera que Wenger tem. “Acho que o senhor Wenger é mais respeitado por todos vocês, um respeito que eu não tenho. O meu último título na Premier League foi há 18 meses, não foi há 18 anos (o Arsenal foi campeão pela última vez em 2004, há doze anos), mas não sinto o mesmo respeito. Sigo o meu caminho porque quero ser campeão pela nona vez e quero vencer a minha quarta Premier League”, destacou.
Fugindo ao duelo entre os dois treinadores, Wayne Rooney também foi tema de conversa, depois do avançado ter sido “apanhado”, aparentemente embriagado, numa festa de casamento a seguir à vitória da Inglaterra sobre a Escócia. “Se ele marcar ao Arsenal, ninguém vai se importar com essa história do casamento”, comentou ainda o treinador português.
Arséne Wenger desvalorizou o reencontro com José Mourinho: “Não tenho que descrever a nossa relação. Ele lutará pela sua equipa e eu pela minha, é completamente normal. Em relação a um aperto de mãos, claro que sim. Respeito o ritual, tão importante na Premier League”, justificou Wenger.
A rivalidade entre os dois treinadores é conhecida desde o tempo em que Mourinho orientou da primeira vez o Chelsea, mas Arséne Wenger procurou colocar o foco no jogo.
“Sabe, não perdemos sempre. Já as batemos (equipas de Mourinho) e já houve muitos empates também. Penso que já ganhei contra cada um dos treinadores mundiais ao longo da minha carreira de 20 anos aqui e isto não é uma competição entre treinadores”.