Cresce adesão de países a cortes na produção
Um grupo de 11 produtores externos à Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP), que aderiram ao acordo global para reduzir a produção, cumpriram pelo menos 60 por cento dos cortes prometidos até ao momento, acima do que havia sido estimado inicialmente, disseram na quarta-feira fontes do cartel.
A OPEP e outros produtores, incluindo a Rússia, concordaram em reduzir a produção em 1,8 milhões de barris por dia a partir de 1 de Janeiro, para impulsionar os preços e acabar com o excedente de produção. Os números de adesão foram revistos na quarta-feira numa reunião em Viena das autoridades de países que estão a monitorizar o nível de adesão, como o Kuwait, Venezuela, Argélia e os não membros, como a Rússia e Omã. A Arábia Saudita, presidente da OPEP, também participou.
“Essa reunião mostra a seriedade da OPEP e de países de fora do grupo em implementar os cortes acordados”, disse um delegado da organização. Outros dois delegados do cartel disseram que a adesão pela Rússia e por outros dez países foi agora estimada em 66 por cento, enquanto um terceiro delegado disse que estava no mínimo em 60 por cento. Isso fica acima das estimativas anteriores de 40 por cento.
A reunião também analisou o balanço da própria OPEP, que em Janeiro foi estimado em mais de 90 por cento por agências governamentais, empresas de consultoria e imprensa, um nível recorde, segundo a Agência Internacional de Energia (AIE).