Corredor humanitário para acudir afectados
O Governo sudanês anunciou que vai abrir um novo corredor para que organizações humanitárias internacionais possam entregar ajuda aos afectados pela fome nas regiões sul-sudanesas de Bahr alGhazal Ocidental e Unidade, na fronteira com o Sudão.
O Governo sudanês anunciou no domingo que vai abrir um novo corredor para que as organizações humanitárias internacionais possam entregar ajuda aos afectados pela fome nas regiões sul-sudanesas de Bahr al-Ghazal Ocidental e Unidade, na fronteira com o Sudão.
As autoridades sudanesas informaram ontem a Organização das Nações Unidas (ONU) que estão de acordo com a abertura da estrada que liga Al Abiad, no Sudão, a Bentiu, em Unidade, no Sudão do Sul, para entregar ajuda humanitária nas duas regiões mais afectadas pela crise de fome que atinge a nação mais jovem do mundo.
As Nações Unidas saudaram a decisão e em comunicado referiram que “com a abertura desta rota através das fronteiras, o Sudão mostra o seu compromisso com o povo sul-sudanês e fortalece a cooperação com a Comunidade Internacional para tirar o Sudão do Sul da crise de fome”.
Esta decisão é tomada às vésperas da temporada de chuvas, que normalmente começa em Maio e provoca o encerramento das estradas sul-sudanesas, impedindo a entrada de ajuda.
“Cartum tomou a decisão de abrir um novo caminho, apesar dos problemas de segurança, porque reconhece a catástrofe humanitária que está a sofrer o seu vizinho do sul”, disse numa conferência de imprensa o comissário de Assuntos Humanitárias do Sudão.
Ahmed Adam explicou que as operações de socorro através da nova rota começam ainda nesta semana e lembrou que cerca de 600 mil sul-sudaneses residem no Sudão. Segundo as Nações Unidas, depois de três anos de guerra, aproximadamente, sete milhões e meio de pessoas necessitam ajuda humanitária e protecção em território sul-sudanês.
As autoridades de Cartum afirmaram que o corredor humanitário serve como um sinal de boa vontade do Sudão em ultrapassar as diferenças políticas e priorizar os programas das agências de carácter social e humantário que trabalham na região para evitar que mais famílias sejam afectadas pela crise.