Macron e Gentiloni acertam as reformas
O Presidente da França, Emmanuel Macron, e o seu homólogo da Itália, Paolo Gentiloni, manifestaram, no domingo, em Paris, vontade política de trabalharem juntos para um “relançamento” da Europa, que a torne grande e capaz de sustentar os seus grandes desafios.
Macron e Gentiloni conversaram sobre o assunto e delinearam um programa de trabalho inclusivo e forte centrado me reformas objectivas em temas como moeda e políticas económicas, para que os Estados-membros tenham mais espaço para decidir, com base nas suas realidades, o ritmo de crscimento.
Emmanuel Macron acaba de chegar ao poder em França e garantiu tornar a União Europeia de novo forte e apetecível, e, neste momento, está a encetar contactos para criar uma plataforma que pense e age em conjunto a União, numa perspectiva global e funcional. O Presidente francês já esteve com a Chanceler alemã, Angela Merkel, de quem recebeu um sinal positivo para avançar no caminho das reformas, que, no seu entender, se mostram tão “fundamentais quanto oportunas, para retirar espaço aos extremistas que beneficiam de determinadas fragilidades no seio da União.
“É preciso dar uma esperança e uma fé à Europa”, declarou o Presidente italiano, Paolo Gentiloni, no pátio do Eliseu, ao lado do anfitrião, antes do jantar de trabalho. Gentiloni disse que uma das prioridades é trabalhar para uma união fiscal e bancária. “Não é para agora, mas é importante começar a trabalhar nessa direcção”, afirmou Gentiloni. O Presidente italiano preconizou uma Europa mais forte e mais próxima dos cidadãos. Gentiloni manifestou a sua satisfação de ver que Itália e França, países tão próximos e tão amigos, “possam trabalhar juntos nesse grande desafio”. O Presidente francês, Emmanuel Macron, afirmou a vontade de trabalhar para “um verdadeiro relançamento das perspectivas europeias”. Desde a sua eleição, a 7 de Maio, o novo Presidente francês reuniu-se com a Chanceler alemã, Angela Merkel, e com o presidente do Conselho Europeu, Donald Tusk.
Ele desejou “um mapa do caminho a seguir ao longo do tempo, que permita ir ao fim da criação de uma capacidade orçamentária comum, de uma verdadeira Europa e de uma verdadeira zona euro do investimento, para reduzir a divergência que existe entre as economias”.
Quanto às imigrações, Macron destacou os desafios enfrentados pela Itália e admitiu que a Europa não entendeu cedo a situação.