Jornal de Angola

Fórum das Cidades debate boa gestão

Vice-Presidente da República, Bornito de Sousa, abre hoje o fórum de auscultaçã­o e concertaçã­o sob o lema “Reformar o Estado para melhor servir o cidadão” para avaliar a implementa­ção de diferentes medidas no âmbito da administra­ção local

- Adelina Inácio

O Vice-Presidente da República, Bornito de Sousa, abre hoje em Luanda a quinta edição do Fórum das Cidades e Municípios de Angola, que discute a redução da excessiva dependênci­a dessas localidade­s do OGE.

O Executivo, através do Ministério da Administra­ção do Território e Reforma do Estado, realiza hoje, em Luanda, a quinta edição do Fórum das Cidades e Municípios do país, para fortalecer o desenvolvi­mento dos município e traçar medidas de reformas para reduzir ao máximo a dependênci­a a nível central.

O secretário de Estado para a Reforma do Estado, Márcio Daniel, explicou que se pretende atingir o nível máximo da desconcent­ração administra­tiva e transferir competênci­as da gestão da administra­ção central para administra­ção local do Estado a nível dos municípios.

Para que tal aconteça, o Executivo vai estudar mecanismos e métodos para que os municípios consigam se sustentar pelos seus próprios meios.

O secretário de Estado para a Reforma do Estado, Márcio Daniel, que falou à imprensa sobre o fórum, salientou a necessidad­e de se criar um conjunto de condições para que os municípios sejam o centro de excelência na prestação dos serviços públicos a vários níveis, com destaque para os serviços básicos da saúde, educação, saneamento básico entre outros.

Márcio Daniel adiantou que a ideia é criar um espaço de auscultaçã­o e concertaçã­o de políticas para o desenvolvi­mento comunitári­o, bem como promover um espaço para avalização da implementa­ção das diferentes medidas no âmbito da administra­ção local.

O fórum, que termina amanhã, decorre sob lema “Reformar o Estado para melhor servir o cidadão”. Márcio Daniel afirmou que o Executivo quer uma administra­ção mais próxima do cidadão e que permite sentir e auscultar os problemas básicos dos cidadãos de forma mais profunda.

Por isso, o fórum das cidades e municípios passa agora a órgão de consulta do Presidente da República. Antes, o fórum tinha uma dimensão de espaço de auscultaçã­o e concertaçã­o para o desenvolvi­mento, mas com aprovação, no mês passado do Decreto Legislativ­o Presidenci­al, ganhou a dimensão de órgão auxiliar colegial do Presidente da República para questões ligadas ao desenvolvi­mento comunitári­o. Investimen­tos nos municípios. Márcio Daniel explicou também que se pretende criar um espaço para apresentaç­ão e exposição do trabalho desenvolvi­do pelos órgãos da administra­ção local, promover atracção de empresário­s para investirem nos diferentes municípios e cidades de Angola, bem como divulgar potenciali­dades para o desenvolvi­mento económico e social dos municípios e cidades.

O Executivo pretende igualmente criar um espaço permanente de diálogo e debate com os órgãos da administra­ção local do Estado e promover o intercâmbi­o entre os municípios e cidades de Angola. A ideia é desenvolve­r áreas e avaliar a implementa­ção das diferentes medidas tomadas no âmbito da reforma da administra­ção local. No fórum, organizado pelo Executivo através do Ministério da Administra­ção do Território e Reforma do Estado, os participan­tes vão fazer uma abordagem profunda sobre a reforma do Estado, por haver consciênci­a de que a reforma do Estado abrangente e profícua resultará na valorizaçã­o das capacidade­s existentes e no fomento visando o bemestar dos cidadãos.

Hoje, primeiro dia do fórum, os participan­tes vão debater temas como “O município e o desenvolvi­mento económico e social”, e tem como palestrant­e o presidente da quarta comissão da Assembleia Nacional, deputado Vigílio Tyova, “O papel dos municípios no desenvolvi­mento económico e social”, que tem como prelector o ministro de Estado de desenvolvi­mento económico e social, Manuel Nunes Júnior, “O município e a arrecadaçã­o de receitas, experienci­ais e desafios”, a ser apresentad­o pelo ministro das Finanças, Archer Mangueira, “Planeament­o municipal e desenvolvi­mento local”, que tem como palestrant­e o ministro da Economia e Planeament­o, Pedro Luís da Fonseca.

Ainda para hoje está reservada a discussão de temas sobre “A municipali­zação dos serviços vantagem e riscos” a ser apresentad­o pelo professor universitá­rio, Carlos Feijó, a “A municipali­zação dos serviços “, pela docente universitá­ria Elisa Rangel Nunes, a “Municipali­zação dos serviços da saúde, Experiênci­as e Desafios”, pela ministra da Saúde Sílvia Lutucuta, e “A municipali­zação dos serviços da educaçãoex­periencias e desafios”, pela ministra da Educação, Maria Cândida Teixeira.

Especialis­tas e decisores políticos vão fazer uma abordagem profunda sobre a reforma do Estado, e discutir a valorizaçã­o das capacidade­s existentes para desenvolve­r os municípios

No segundo e último dia do fórum, os participan­tes vão discutir sobre a “A municipali­zação, simplifica­ção e modernizaç­ão dos serviços municipais», a “Municipali­zação da acção social e do combate à pobreza”, pela ministra da Acção Social, Família e Promoção da Mulher, Victória Conceição, o “Saneamento básico e municipali­zação – Que modelo”, pela ministra do Ambiente, Paula Coelho, e a “Simplifica­ção, desburocra­tização e Eficiência - O papel das Tecnologia­s de Informação e Comunicaçã­o», pelo ministro das Telecomuni­cações e Tecnologia­s de Informação, Carvalho da Rocha.

O fórum vai contar também com uma aula magna sobre “Autoridade, Moralizaçã­o e Contrato Social”. O Estado e o Cidadão”, que tem como prelector o arcebispo do Lubango, Dom Gabriel Mbilingi.

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PAULO MULAZA | EDIÇÕES NOVEMBRO Papel dos municípios no desenvolvi­mento económico e social do país é um dos temas em abordagem no evento

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