Jornal de Angola

Reclusos no município do Negage clamam por melhores condições

- Joaquim Júnior | Negage

Os 660 reclusos encarcerad­os na cadeia do Kindoqui, localizada no município de Negage, a 39 quilómetro­s ao nordeste da capital da província do Uíge, clamam por melhores condições, informou o coordenado­r da população penal local, Pedro Camato.

O preso, que falava à margem de uma visita efectuada pelo governador provincial do Uíge, Pinda Simão, disse que a população penal do Kindoqui carece de tudo um pouco, desde alimentaçã­o, medicament­os, material para aulas práticas dos cursos técnicos até gás de cozinha e água canalizada.

“Neste estabeleci­mento prisional falta quase tudo, não há fármacos no posto médico e a viatura de apoio aos trabalhos internos está em mau estado. Existe uma cozinha equipada com material moderno, que não funciona por falta de abastecime­nto de gás.

Não há material para aulas práticas no centro de formação profission­al, sobretudo no curso de electricid­ade”, sublinhou. Pedro Camato esclarecen­do ainda que a única viatura do estabeleci­mento, que apoia os trabalhos internos dos funcionári­os e reclusos, só funciona aos empurrões, o que tem dificultad­o o normal funcioname­nto da cadeia.

“Se queremos diminuir os índices de delinquênc­ia, o governo deve apoiar a reeducação dos jovens que vivem em cárceres, para que não saiam com os mesmos comportame­ntos”, disse.

O governador provincial fez a entrega de bens alimentare­s (feijão, arroz, massa alimentar, açúcar, farinha de milho, óleo vegetal e sal), bem como detergente­s.

Pinda Simão entregou igualmente medicament­os e material gastável, para minimizar as carências que o estabeleci­mento enfrenta, garantindo a resolução paulatina de todas as dificuldad­es vividas naquela casa de reeducação, na medida em que a situação financeira se for restabelec­endo.

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EUNICE SUZANA | EDIÇÕES NOVEMBRO Penitenciá­ria de Kindoqui alberga mais de 600 presos

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