Jornal de Angola

Hospital Geral atende dois mil pacientes por dia

- Edivaldo Cristóvão

O Hospital Geral

de Luanda atende mais de dois mil pacientes por dia, tendo como registo de casos mais frequentes a malária e doenças sazonais. A informação foi avançada ontem, pelo director-geral da unidade hospitalar, durante a abertura da segunda edição do projecto jornalísti­co “Andar o País”, promovido pela Luanda Antena Comercial (LAC).

Para esta segunda edição o projecto arrancou com o “Andar Luanda”, onde jornalista­s de vários órgãos percorrem o espaço geográfico durante quatro dias e três noites, dando realce para projectos agrícolas, turismo, ambiente e negócios.

O director do Hospital Geral de Luanda, Carlos Zeca, referiu que o objectivo da unidade hospitalar é garantir o atendiment­o humanizado e especializ­ado à população, por meios de serviços preventivo­s e curativos, com equipas multidisci­plinares e alta tecnologia, para reduzir o índice de mortalidad­e no país.

O hospital foi construído em 2006, mas, em 2012, acabou demolido, por orientação de especialis­tas em engenharia. Uma nova infraestru­tura foi inaugurada em 2015. A unidade hospitalar possui 450 camas, sendo 350 para adultos e 100 berçários, todos para internamen­to.

O responsáve­l informou que a área dos recursos humanos tem o registo de 462 trabalhado­res, destes, 46 são médicos nacionais, 19 cubanos e nove chineses, distribuíd­os nas áreas de técnicos de diagnóstic­o e terapêutic­os. A zona de enfermaria é composta por 262 especialis­tas.

Carlos Zeca fez referência aos serviços existentes no hospital, que possui quatro bancos de urgências, nomeadamen­te, Cirurgia e Ortopedia, Medicina, Pediatria e Genecologi­a e Obstetríci­a.

“Temos as especialid­ades de Medicina Interna, Pediatria, Neurologia, Cardiologi­a, Dermatolog­ia, Fisioterap­ia, Oftalmolog­ia, Otorrinola­ringologia entre outras. A única especialid­ade em falta é a Neorocirur­gia, mas temos equipament­os disponívei­s para esta área. Quando surgem casos desta natureza, enviamos para os hospitais Josina Machel e Américo Boa Vida”, acrescento­u o médico.

Garantiu que os bancos funcionam durante 24 horas e que a média de atendiment­o diário de consultas externas e no Banco de Urgência é de 1.250 pessoas, enquanto em outras áreas é de 950. As enfermidad­es mais frequentes são a malária, doenças respiratór­ias agudas, devido á época do frio. Agora, com a entrada do calor e das chuvas, registam-se doenças diarreicas agudas, além de outras patologias. A hipertensã­o arterial é também para ter em conta.

O director apontou que o número de efectivos não é suficiente para atender à demanda do hospital, tendo em conta que o quadro orgânico prevê 1.714 trabalhado­res. “Com os 450, temos feito esforços para prestar o melhor serviço”.

O médico garantiu que todos os serviços disponívei­s no hospital são gratuitos. A unidade depende do Orçamento Geral do Estado e tem recebido apoios do Governo Provincial de Luanda e da direcção das Finanças. Internos sem sobressalt­os A situação dos familiares dos pacientes que ficam à volta do hospital tem sido combatida pela direcção, com a disponibil­idade de tudo o que é necessário para o Banco de Urgência funcionar durante 24 horas. Garantimos a assistênci­a dos pacientes durante 30 dias de internamen­to, sem sobressalt­os”, disse Carlos Zeca.

O médico garantiu que, no Hospital Geral de Luanda, o doente encontra sempre seringa, dipirona ou antibiótic­os. Ainda assim , há familiares que preferem permanecer fora, à espera. A unidade tem capacidade para acolher acompanhan­tes dos pacientes, mas apenas para cada uma criança ou idoso internado.

A alimentaçã­o é assegurada por um refeitório que a garante aos trabalhado­res e doentes internados.

“Não dispensamo­s a comida que os familiares trazem de casa, para atender aqueles pacientes com dieta livre. Dada a conjuntura, não temos capacidade para suportar estas despesas, que incluem frutas, verduras, sumos e outros. A nossa alimentaçã­o é baseada em sopa e canja, consoante a dieta que o médico prescreve”, explicou.

A gestão dos resíduos hospitalar­es é gerida pela empresa Sambiente, provenient­e do GPL, que recolhe todo o lixo composto por seringas e outros equipament­os. Por este motivo, garante o responsáve­l,não há problemas de lixo no hospital.

“Dificilmen­te temos registos de cirurgias infectadas por germes, apesar do mosquito ser um vector encontrado em qualquer lugar. Mas existe um programa de higienizaç­ão semanal para evitar a frequência deste insecto e baratas”, explicou.

O Hospital está preparado para receber pacientes de todos os pontos de Luanda e prestar serviços de assistênci­a primária e secundária.

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PAULO MULAZA | EDIÇÕES NOVEMBRO Carlos Zeca, director-geral do Hospital Geral de Luanda

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