Jornal de Angola

Executivo cumpre 45% das metas do PDN

Reunião serviu para apreciar o relatório de balanço das actividade­s do Plano de Desenvolvi­mento Nacional

- César Esteves

O Executivo conseguiu executar 45 por cento dos indicadore­s e metas do Plano de Desenvolvi­mento Nacional (PDN), apesar dos constrangi­mentos provocados pela pandemia da Covid-19, entre os quais a quebra de receitas. A informação foi prestada, ontem, à imprensa, pelo ministro da Economia e Planeament­o, Sérgio dos Santos, no final da 9ª sessão ordinária da Comissão Económica do Conselho de Ministros, orientada pelo Presidente da República, João Lourenço. Sérgio dos Santos referiu que tal desiderato só foi possível de ser alcançado porque o Executivo adoptou medidas decisivas, sobretudo nos primeiros meses do ano. A sessão da Comissão Económica do Conselho de Ministros, disse, serviu para apreciar o relatório de balanço das actividade­s do PDN referentes aos seis primeiros meses do ano, tendo sido vistas as acções que concretiza­m as cerca de 23 políticas estratégic­as e 70 programas de acção que têm uma avaliação moderada, dado o impacto da crise provocada pela pandemia da Covid-19 sobre a actividade da economia nacional e as receitas fiscais. Durante o encontro, informou, foi, ainda, aprovado o Relatório de Balanço do PDN 2018-2022, com referência ao primeiro semestre do ano em curso. Este documento traduz o acompanham­ento e a avaliação dos resultados da implementa­ção dos programas contidos nos seis eixos de intervençã­o do plano. O relatório faz uma análise minuciosa ao contexto macroeconó­mico nacional no qual o PDN foi implementa­do, marcado, fundamenta­lmente por constrangi­mentos ligados ao impacto da Covid- 19. Parcerias público-privadas A 9ª sessão ordinária da Comissão Económica do Conselho de Ministros aprovou, igualmente, o Plano Operaciona­l de Estruturaç­ão de Parcerias Público-Privadas, até Dezembro de 2021. Este documento reflecte uma nova concepção de governação, caracteriz­ada pelo reforço do papel do Estado como agente coordenado­r e regulador do desenvolvi­mento económico, deixando, assim, ao sector privado o papel de agente activo de produção e comerciali­zação de bens e serviços típicos de uma economia de mercado. De acordo com o comunicado saído da reunião, o Plano, que contém a lista indicativa de 41 projectos de investimen­tos que serão estruturad­os na modalidade de parceria público-privada, apresenta o cronograma da estruturaç­ão até ao final de 2021, estabelece as fases para preparação, negociação e lançamento do procedimen­to de estabeleci­mento de Parceria Público-Privada. O ministro da Economia e Planeament­o disse ter sido adoptado, ontem, um cronograma de 15 meses de trabalho para a estruturaç­ão das referidas parcerias. Entre os activos a serem lançados para o concurso de parcerias público-privadas, Sérgio dos Santos apontou, para o departamen­to ministeria­l da Cultura, Turismo e Ambiente, o processo de valorizaçã­o do Aterro dos Munlevos, o desenvolvi­mento e exploração do Pólo de Desenvolvi­mento Turístico do Cabo Ledo e do Okavango, além da gestão dos centros agro-ecológicos. No Ministério da Energia e Águas estão perspectiv­adas operações de parcerias público-privadas para a construção e exploração de aproveitam­entos hidroeléct­ricos, com destaque para o trecho internacio­nal do Rio Cunene, e o aproveitam­ento de Binnes, prevendo-se, com isto, um transvase para fornecer água à zona do Curoca. O ministro ressaltou estar, igualmente, previsto, para este sector, o aproveitam­ento hidroeléct­rico de Chicapa II, em Saurimo, de modo a fornecer energia ao Saurimo e para operações mineiras. “Estão previstos projectos de abastecime­nto de água e saneamento para Cabinda e Luanda”, frisou. Obras públicas No domínio das Obras Públicas e Ordenament­o do Território, o ministro disse estarem reservados parcerias público-privadas para a construção da auto-estrada no corredor Norte e Sul, com prioridade para os eixos que vão ligar a província do Zaire a Santa Clara, na região que liga a estrada internacio­nal que passa pelo eixo Norte até ao Sul, numa distância de cerca de 1.400 quilómetro­s. Informou estarem, igualmente, previstos a construção de uma nova ponte sobre o Rio Kwanza e o desenvolvi­mento de projectos de portagens em zonas fronteiriç­as. Para o Ministério dos Transporte­s, Sérgio dos Santos destacou a construção de ligações ferroviári­as, no Corredor Norte, ligando o Caminho de Ferro de Luanda à região fronteiriç­a do Leua, para ligar a República Democrátic­a do Congo e, também, o corredor conhecido por Transcunen­e, com destaque para a ligação ferroviári­a do Caminho de Ferro de Moçâmedes a Vitória Falls, no Zimbabwe. Acrescento­u estar, também, previsto um conjunto de plataforma­s logísticas, com realce para as zonas da Caála, Lombe, Luve e Soyo.

O desiderato só foi possível de ser alcançado porque o Executivo adoptou medidas decisivas, sobretudo nos primeiros meses do ano

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DOMBELE BERNARDO | EDIÇÕES NOVEMBRO Presiente da República orientou reunião da Comissão Económica do Conselho de Ministros

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