Pascal N’Guessan apoia a “desobediência civil”
O ex-Primeiro-Ministro da Costa do Marfim Pascal Affi N'Guessan, candidato às eleições presidenciais de 31 de Outubro, disse, quartafeira, que subscreveu o apelo para a desobediência civil, lançado no domingo por outro candidato, o antigo Presidente Henri Konan Bédié, noticiou a AFP.
O apelo de Bédié foi feito após a decisão do Conselho Constitucional de validar a candidatura a um polémico terceiro mandato do actual Presidente, Alassane Ouattara, e após a rejeição de 40 das 44 candidaturas, incluindo as do antigo Chefe de Estado Laurent Gbagbo e do ex-líder rebelde e ex-Primeiro-Ministro Guillaume Soro.
“Perante a ditadura de Alassane Ouattara subscrevo totalmente a desobediência defendida por Henri Konan Bédié e todas as forças políticas e sociais da Costa do Marfim”, realçou Pascal Affi N’Guessan, citado pela agência AFP. N’Guessan foi PrimeiroMinistro durante o mandato de Laurent Gbagbo, com quem mantém relações conflituosas há vários anos.
“Em nome da FPI [Frente Popular da Costa do Marfim] apelo a todos os marfinenses que amam a paz, a liberdade e a democracia, para que estejam prontos a tomar acções concretas”, acrescentou o candidato que nas eleições presidenciais de 2015 ficou no segundo lugar, com 9,29 por cento dos votos. O político é legalmente o presidente da FPI, fundada por Laurent Gbagbo, mas é contestado por uma facção de apoiantes fiéis a este último, os ‘Gor’ (Gbagbo ou nada), que não o reconhece como líder. Pascal N ’Guessan descartou também qualquer intenção de boicote às eleições, defendendo que quer “lutar por uma eleição justa e transparente”.