Presidente da RCA pede fim do embargo de armas
O Presidente da República Centro-Africana (RCA), Faustin Archange Touadéra, pediu, quinta-feira, às Nações Unidas, o levantamento total do embargo de armas ao país, por prejudicar o Exército e a defesa da autoridade do Estado.
“Reitero o apelo do povo centro-africano ao Conselho de Segurança para o levantamento total do embargo sobre as armas, que limita o nosso Exército nacional no papel de força de defesa nacional, de reforço da autoridade do Estado e de garantia da integridade nacional”, disse Touadéra, segundo a Efe, num vídeo transmitido pela Assembleia-Geral da ONU, no quadro do debate geral que se realiza com intervenções virtuais.
O embargo de armas foi estabelecido pela ONU em 2013, por um ano, depois da capital, Bangui, ter sido tomada pelos combatentes rebeldes. O pacote de sanções tem sido renovado desde então.
O Presidente da RCA referiu que apesar dos esforços do Governo e dos mediadores para implementação do Acordo de Paz e Reconciliação, assinado a 6 de Fevereiro de 2019, pelo Governo e 14 grupos armados, continua a haver “violações massivas da lei humanitária internacional” por certos grupos signatários do acordo. “Continuam a rearmar por meios ilegais que ameaçam a paz”, destacou o Presidente, acrescentando que um dos grandes desafios para a estabilização do país é a falta de contribuição e participação dos grupos armados em unidades de seguranças mistas.
O Chefe de Estado da RCA disse que os trabalhos para as eleições do período 2020-2021 já estão em andamento pela Autoridade Nacional de Eleições, apesar dos constrangimentos provocados pela pandemia da Covid-19.
Segundo o Presidente da RCA, já estão a ser realizadas operações iniciais para conduzir recenseamentos e completar as listas dos eleitores, seguida pela publicação das listas de candidatos.