População votante origina contestação e solidariedade
As Associações Provinciais de Atletismo do Bengo e de Luanda mostraram-se solidários com os 16 filiados impedidos de votar nas eleições da Federação Angolana de Atletismo (FAA), aprazadas para 2 de Outubro, às 10h00, no anfiteatro da Federação Angolana de Futebol (FAF).
Numa carta enviada ao Ministério da Juventude e Desportos (MINJUD), a que o Jornal de Angola teve acesso, as associações explicam que as congéneres do Bié, Cabinda, Cuanza-Norte, Huíla, Namibe, Uíge, Lundas Norte e Sul participaram na Assembleia-Geral realizada no passado dia 15 de Setembro, presidida por José Manuel de Almeida
A aprovação da população votante, segundo os subscritores da missiva, suscitou diversas inquietações, “já que a mesma não mereceu a apreciação dos participantes, na medida que foi impingida pelo presidente da direcção cessante (Bernardo João), com a conivência do presidente da Mesa da Assembleia - Geral”,
As associações subscritoras da carta denunciam que os dirigentes acima referidos “realçaram que apenas vão votar as Associações de Luanda e da Huíla, bem como os respectivos clubes, com a justificação que as demais não podem participar no pleito eleitoral, porque não disputaram nenhuma actividade durante os últimos dois anos, e para sustentar a referida afirmação socorreram-se da circular nº 35/DND/2019, de 19 de Novembro, proveniente da Direcção Nacional do Desporto”.
A carta destaca ainda “que o sucedido na Assembleia-Geral demonstra uma astúcia da direcção cessante que pretende, deste modo, perpetuar-se no poder e não poupa esforços para ludibriar a família do atletismo, passando por todos os princípios e normas jurídicas”.
As associações referem na carta que “não obstante existirem clubes que nos últimos dois anos não tenham participado em competições oficiais, isto não retira capacidade de voto àquelas associações que tenham feito a renovação de mandatos”.
As associações pedem ao MINJUD que “reponha a legalidade e coloque fim às práticas que em nada abonam para o bom nome do desporto angolano, e seja ordenada a abertura de um inquérito”.