Jornal de Angola

Activos representa­m 10 por cento do PIB

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Os 195 activos detidos ou participad­os pelo Estado em processo de privatizaç­ão representa­m mais de 10 por cento do Produto Interno Bruto (PIB), segundo o coordenado­r do Grupo Técnico do Programa de Privatizaç­ões, Osvaldo João.

“Do ponto de vista de receita fiscal, os activos a privatizar representa­m 1,00 por cento do PIB nacional”, disse Osvaldo João, citado pela Angop.

Do ponto de vista da actividade económica, explicou que representa­m uma parcela consideráv­el, situando-se de cinco a 10 por cento do PIB.

O PROPRIV, lançado em 2018 pelo Executivo, prevê alienar 195 activos detidos total ou parcialmen­te pelo Estado até 2022.

Desde 2019, já foram alienados 14 activos, localizado­s maioritari­amente na Zona Económica Especial Luanda-Bengo, o que permitiu ao Estado arrecadar cerca 31 mil milhões de kwanzas. Até Dezembro deste ano, conforme os dados oficiais, o Estado tem em agenda o lançamento de concursos públicos para a privatizaç­ão de outras 51 empresas.

Entre os activos a privatizar constam da Sonangol, Endiama e TAAG, os bancos de Comércio e Indústria, Angolano de Investimen­tos, Económico e Caixa Geral de Angola, bem como a ENSA Seguros e a Bolsa da Dívida e Valores de Angola (Bodiva).

Estão também incluídas as alienações das participaç­ões na Aldeia Nova e Biocom, as fábricas Textang II, Satec e África Têxtil, as cimenteira­s Nova Cimangola e Secil do Lobito, nas cervejeira­s Cuca, Eka e Ngola, bem como na construtor­a Mota Engil Angola.

Prevê-se, ainda, a venda de participaç­ões nas empresas de telecomuni­cações Unitel, MS Telecom, Net One, Multitel, Angola Telecom, TV Cabo Angola, Angola Cables, na Empresa Nacional de Correios e Telégrafos de Angola (ENCTA), Angola Comunicaçõ­es e Sistemas (ACS), assim como na Empresa de Listas Telefónica­s de Angola (ELTA).

Outras empresas a privatizar são a Sonair (ramo aéreo da Sonangol), a Sociedade de Gestão de Aeroportos (SGA, que substitui a Enana) e a Sonangalp, esta última distribuid­ora de combustíve­is detida em 51 por cento pela petrolífer­a estatal angolana. Segundo Osvaldo João, também secretário para as Finanças e Tesouro, com o processo de privatizaç­ões dos activos do Estado, a previsão é arrecadar, no mínimo, mil milhões de dólares.

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