País assume a presidência da OPEP
Ministro Diamantino Azevedo fica a frente da Organização de Países Exportadores de Petróleo para mandato de um ano e mantém a meta de travar a queda dos preços
Angola foi, ontem, eleita presidente em exercício da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP).
O ministro dos Recursos Minerais, Petróleo e Gás, Diamantino Azevedo, foi eleito, ontem, presidente em exercício da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP).
Na ocasião, Diamantino Azevedo aproveitou garantir a prontidão de Angola para fazer a sua parte, contando, para tal, com todos os chefes de delegação na presidência da conferência em 2021. O Congo Brazzaville fica com a vice-presidência no mandato, segundo decisão da 180ª reunião, realizada por videoconferência.
No discurso de posse e agradecimento, Diamantino Pedro Azevedo disse estar confiante que por meio de esforços colectivos no cenário global com os parceiros não-OPEP, ser-se-á capaz de superar a crise e ver dias muito melhores em 2021.
Conforme garantiu, Angola assume este exigente papel de construir sobre as excelentes realizações da Argélia em 2020, que foi talvez um dos mais tumultuados da história da Organização e, de facto, um ano que ficará marcado para a história mundial.
Por esta razão, o actual presidente da OPEP não deixou de reconhecer a dedicação firme e liderança habilidosa de Mohammed Arkab e Abdelmadjid Attar, da Argélia, pois, segundo disse, foram muito valiosas na navegação desta horrível pandemia.
“Este ano, sob sua competente administração, os parceiros da Declaração de Cooperação da OPEP e não OPEP fizeram história com a implementação do maior e mais longo ajuste de produção da história, respondendo a um apelo desesperado das partes interessadas em todo o mundo para resgatar a indústria de um naufrágio”, afirmou.
Decisões heróicas
De acordo com Diamantino Azevedo, uma vez resgatados, as decisões heróicas tomadas, até hoje, continuam a fornecer uma espinha dorsal de estabilidade em um mercado cheio de incertezas.
Por esta razão, a presidência angolana promete esforçar-se para construir sobre este poderoso legado de forte compromisso DoC e esforçar-se conjuntamente, através de acções colectivas, para conduzir a OPEP através e além dos desafios actuais que enfrenta, posicionandoa para o sucesso já num cenário global pós-Covid.
“Prevemos uma fresta de esperança para o próximo ano em termos de uma recuperação económica e do mercado de energia. No entanto, precisaremos trabalhar ainda mais duro e redobrar os esforços conjuntos se esperamos retornar às condições de mercado pré-pandemia e vermos, novamente, uma trajectória de crescimento mais saudável”, aludiu.
Nesse desafio, acrescentou, países grandes, médios e pequenos são importantes.
Assim, a presidência angolana apela a que os membros do grupo fundado em Bagdad, no Iraque, há mais de 60 anos, mantenham os esforços para fazer permanecer a OPEP proactiva, mais flexível e adaptável, à medida que se avançam para um ano de 2021 com maior optimismo.
Na cerimónia de encerramento da reunião, o ministro angolano fez-se representar pelo secretário de Estado para os Petróleo, José Alexandre Barroso.
Durante o mandato de um ano de Angola a frente da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP), a República do Congo Brazaville assume a vicepresidência do grupo.
É a primeira vez que Angola assume a presidência da OPEP, depois de ter sido vice-presidente até a eleição. É um marco assinalável.