Ivo coloca prevenção em primeiro lugar
Técnico-adjunto do 1º de Agosto reprovou a disputa da 25ª jornada na última semana
Otécnico-adjunto do 1º de Agosto, Ivo Traça, não antevê grandes consequências com a paragem do Girabola Zap e colocou em primeiro lugar a prevenção, pois, só assim, será possível evitar o aumento do contágio do Covid-19 e o controlo dos casos já existentes no país.
"Penso que não haverá consequências com a paragem do campeonato. Temos é que evitar o aumento da pandemia que se alastra a nível do mundo, ou seja, não devemos deixar de abraçar a luta pelo fim da pandemia", disse, ontem, o adjunto de Dragan Jovic, ao Jornal dos Desportos.
O adjunto de Dragan Jovic aplaudiu a decisão do Ministério da Saúde e do Ministério da Juventude e Desportos, em paralisar todas as actividades desportivas no país, quer a nível competitivo, quer a nível do treinamento.
"Falando dos clubes, não devíamos mesmo treinar, porque iríamos juntar muitas pessoas e o futebol é um desporto de contacto físico, então, foi bem pararmos e sermos solidários como todo mundo. É certo que estávamos numa fase de vitórias, mas o mais importante é a vida humana, por isso, a paragem é bem-vinda", reforçou Ivo Traça.
Devido o período de quarentena que os jogadores atravessam, devido a pausa de 15 dias que se observa nas provas internas, a equipa técnica orientou alguns exercícios caseiros, de modos a manter a condição física, para que os atletas não tenham problemas no regresso da competição.
"Acho que vai ser difícil controlar os jogadores, mas eles já têm maturidade suficiente para velar pela sua condição física. Neste momento, os jogadores estão a trabalhar em casa, alongamento, exercícios de força, com pouca intensidade e exercícios de reacção, porque nesta ponta final da prova não se trabalha muito a intensidade. Eles têm ainda que cumprir com a dieta alimentar e o horário de descanso. Naturalmente baixa o ritmo desportivo, mas é uma situação que todos vamos ter que lidar", sublinhou o técnicoadjunto militar.
Ivo Traça rejeitou a possibilidade da homologação do campeonato nacional, tal como defendem algumas entidades ligadas ao futebol, por não haver igualdade no número de jornadas disputadas entre os dois candidatos ao título.
"Eu não diria que sim, esta última jornada (25ª) não devia ter sido disputada, mas é muito difícil responder a isso, porque o Petro jogou e ao 1º de Agosto não. O resto vamos é gerir até à altura de se restabelecer as actividades normais. Acho que se isso for a fundo, os mercados serão fechados e outros serviços", analisou.
O porta-voz da equipa técnica militar defendeu o regresso das competições, quando a situação estiver totalmente controlada.
"Acho que na Bielorrússia o campeonato está a decorrer, mas como africanos, nós temos poucos recursos, é melhor esperarmos que a situação volte ao normal, para regressarmos aos treinos e aos jogos. Nesta altura é difícil arriscarmos a continuidade do campeonato", concluiu.