Adiamento dos Jogos Olímpicos sem vantagens
Pedro Godinho ressalta desvantagens para a selecção nacional sénior feminina
Oadiamento dos Jogos Olímpicos de Tóquio'2020 para Verão de 2021 tem pouco impacto na selecção nacional de andebol sénior feminina, a representante do continente africano na competição. A apreciação é do presidente da Federação Angolana de Andebol, Pedro Godinho.
Em reacção ao anúncio do Primeiro-Ministro japonês, Shinzo Abe, o dirigente angolano assegurou ao Jornal dos Desportos, que "não há vantagens para o andebol angolano".
"Trata-se de uma pandemia que o mundo inteiro enfrenta. Portanto, não vejo nenhuma vantagem para o andebol nacional com o adiamento dessa actividade. O adiamento beneficiaria Angola, caso não houvesse o problema do Coronavírus. Como estávamos apertados no tempo, daria folga para uma melhor preparação das selecções, reunir as condições de viagem, documentações e outros pressupostos inerente à competição. Agora, isso muda com os motivos que levaram o adiamento da actividade, que é a pandemia do coronavirus", disse.
Pedro Godinho lamenta por não se poder aproveitar o tempo até à realização dos Jogos Olímpicos.
"Infelizmente, não vamos poder aproveitar o adiamento para nada. Estamos todos de mãos atadas e a olhar apenas para a resolução da doença. Estamos praticamente parados. Ninguém pode juntar-se para treinos e não se pode viajar para os estágios pré-competitivos. Portanto, não há vantagem alguma nisso", lamentou.
O dirigente referiu ainda aos níveis competitivo dos atletas, que poderá baixar no próximo ano, com o aumento da idade e responsabilidades.
"Temos de pensar ainda no factor tempo. A actividade só vai ser realizada no próximo ano. Até lá, muitas das atletas podem apresentar mudanças ou baixas nos níveis de competição, atendendo a idade", justificou.
O adiamento dos Jogos Olímpicos e Paralimpicos de Tóquio'2020 foi anunciado na última terça-feira. A decisão aconteceu após a conversa por teleconferência entre o PrimeiroMinistro japonês, Shinzo Abe, e o presidente do Comité Olímpico Internacional, Thomas Bach.