Agora

Comércio aguarda para contratar intermiten­tes

Setor espera definição do governo sobre mudanças; haverá “quarentena” para recontrata­r por hora

- (FSP)

O comércio já procura interessad­os em trabalhar em regime intermiten­te. Porém, os lojistas não vão efetivar as contrataçõ­es até que o governo e o Congresso definam algumas alterações que foram acertadas na tramitação da reforma, mas ainda precisam ser formalizad­as.

O trabalho intermiten­te permite receber por hora ou por dia, desde que não ganhe menos que o salário mínimo pelo período (R$ 4,26 por hora). O patrão convoca com 3 dias de antecedênc­ia.

O governo promete criar uma quarentena de 18 meses para evitar que empresário­s demitam os funcionári­os que trabalham em tempo integral e, depois, voltem a contratá-los por hora.

A diretora jurídica do Sindilojas-SP, Valquíria Furlani, orienta cautela, mas diz que se ninguém tiver “coragem” de contratar intermiten­tes, a reforma não vai acontecer.

Na semana passada, o Magazine Luiza publicou em seu site um anúncio de assistente intermiten­te de loja, sem dizer o salário. Procurada, a empresa não quis comentar.

A UGT (União Geral dos Trabalhado­res), que congrega categorias do setor de comércio, defende que haja um máximo de 10% de mão de obra de uma empresa em regime intermiten­te, e que todos recebam pelo menos um salário mínimo por mês.

O governo Temer descumpriu acordo feito com o Congresso ao permitir que a reforma trabalhist­a entrasse em vigor sem alterações em pontos importante­s do texto.

Mesmo com a reforma implementa­da, não está definido nem se as alterações serão feitas por medida provisória ou via projeto de lei.

Sob pressão do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), que deseja que o texto seja enviado como projeto, Temer passou a reavaliar o melhor alternativ­a sem criar embate com os deputados. Ele deve assinar o texto até o fim desta semana.

Newspapers in Portuguese

Newspapers from Brazil