Verdão contra Mancha
Maurício Galiotte, presidente do Verdão, rompe relações com torcidas organizadas após protesto violento
O Palmeiras informou ontem, por meio de um comunicado oficial, que fez um boletim de ocorrência para que seja apurado o “ataque aos veículos que transportavam a delegação para a partida contra o Flamengo”.
Convocados pela Mancha Alviverde, torcedores palestrinos foram anteontem à Academia de Futebol para protestar e atiraram pipocas, bananas e pamonhas no ônibus que saiu do centro de treinamento rumo ao Allianz.
O clube suspeita que os organizados também arremessaram pedras ou outros objetos mais pesados.
“Estávamos saindo para trabalhar. A gente ficou um pouco triste”, afirmou Dudu, capitão e atacante do Verdão. “Não sei se foi pedra, mas quebrou o ônibus. Jogaram alguma coisa, veio estilhaço”, seguiu o camisa 7.
De acordo com nota assi- nada pelo presidente do clube, Maurício Galiotte, dois integrantes do departamento de futebol foram atingidos por estilhaços dos vidros.
“Muito mais [grave] do que danificar um patrimônio do Palmeiras, é colocar em risco a integridade física de seres humanos, profissionais que estavam no exercício de suas atividades. Isso é inadmissível e injustificável. Por isso, não vamos tolerar tais condutas”, diz o comunicado.
Segundo o mandatário, as relações entre o clube e os torcedores organizados estão rompidas. Após o antecessor, Paulo Nobre, romper com a Mancha, Galiotte havia iniciado uma reaproximação.
“Como presidente do Palmeiras, reforço que, enquanto eu ocupar este cargo, não haverá qualquer tipo de diálogo autorizado pela diretoria entre integrantes de torcidas organizadas e jogadores do clube”, assegurou o cartola alviverde.
Dois dias antes de comparecerem à Academia para promover o protesto, membros da Mancha arquitetaram uma reunião com jogadores para o último sábado, mas o encontro acabou vetado por Galiotte.