EPRESSÃO’
comecei em outubro. Pode-se dizer que, na metade de 2015, cortei as medicações e parei com tudo isso. Se não me engano foram 9 meses o tempo de tratamento e só. Posso dizer com 100% de certeza que o remédio em si, para mim, não sentia efeito. Tomava o remédio pra dormir e não dava sono. Tomava o remédio pra ficar mais calmo e não conseguia ficar calmo. Quem realmente me fez sair disso foi Deus.
tem 30 anos e é natural de Pontes Gestal, no interior de São Paulo. Passou por clubes como São Paulo, Santos, Cruzeiro, Atlético Mineiro, Bordeaux e Cagliari, entre outros. No currículo, tem três títulos estaduais em Minas e um Paulista, além do Brasileirão de 2006 e do Mundial de Clubes da Fifa em 2005, ambos pelo São Paulo. No Bahia, entrou em campo em 23 partidas e marcou dois gols. motivado. Aquele desânimo, aquela falta de alegria, de felicidade para fazer o que eu mais amo que é o futebol, que convivi ali da reta final do Santos, durante o tempo que fiquei no Atlético e pegando o início do Bahia, foi uma fase bem difícil mesmo. Não sentia alegria para nada. Era desânimo total, tristeza, uma depressão forte mesmo. Hoje graças a Deus me sinto alegre, feliz. Fisicamente, que é o principal para jogar futebol, me sinto preparado. Não tenho dúvida que se o Bahia quiser me reintegrar, vou conseguir render 100%, pois superei aquilo que me atrapalhava. Tenho mais um ano de contrato com o Santos, até dezembro de 2017. Pode ser que me reapresente no Santos, mas não sei se fico. Ou talvez já fecho com outro clube antes de janeiro e termino 2016 sabendo onde vou jogar ano que vem. Mas estou tranquilo em relação a isso, pois minha alegria e felicidade é saber que estou bem. Quando fui afastado, o Nei (Pandolfo) comentou comigo que iriam cumprir o compromisso certinho enquanto ficasse aqui. Como saí do Atlético e meu passe retornou pro Santos e o Santos me reemprestou ao Bahia, pra Fifa conta que este ano joguei no Atlético, no Santos e no Bahia. Ou seja, apareceram clubes do Brasil e do exterior interessados em mim durante esse tempo que estou afastado, mas, por já ter feito três transferências, vetaram. A questão do salário me garantiram que iriam pagar em dia. Um mês acabaram atrasando a carteira, uns dez dias mais ou menos, só que depois pagaram. Então nesses três meses, dois meses pagaram a carteira em dia e um atrasaram dez dias. Só que, por exemplo, até hoje, desde que fui afastado, não recebi o salário de imagem ainda. Três meses já vão completar de salário de imagem atrasado. Não estão pagando. Por exemplo, só eu não recebi a imagem nesses meses. Porque eu sei que os outros jogadores receberam em dia, sem problema nenhum. O salário de imagem não me pagaram. Acho que não cabe a mim fazer isso, porque com vontade de jogar eu estou, motivado pra jogar eu estou, mas foi uma decisão do clube de me afastar. Quem tem que ter o interesse é o clube. Posso ter o interesse de falar com alguém da diretoria e eles dizerem: ‘Não, você está afastado’. Para mim é uma situação difícil. Sou jogador do Bahia até dezembro. Então, a diretoria, o presidente, o diretor, alguém relacionado à diretoria, se tiver interesse na minha volta, tem que me comunicar. Sou funcionário do clube e tenho que estar à disposição. Então acredito que o fato de eu ir procurar não cabe, pois sou funcionário. E como se diz, funcionário não dá ordem ao patrão, recebe ordem. Eu estou à disposição. Se contarem comigo, estarei motivado para jogar. Ele conversou comigo só uma vez, coisa de alguns segundos, só pra dizer que a decisão não partiu dele, que ele tinha acabado de chegar no clube e que era uma coisa da diretoria. Meu plano é desempenhar o meu futebol como sempre fiz, sei do meu potencial, da minha qualidade, do talento que Deus me deu. Então meu plano é esse, jogar futebol com alegria como sempre fiz, motivado. Meu plano é fazer o meu melhor. O que eu poderia dizer ao torcedor é que claro que a gente fica triste por não ter rendido aquilo que todos esperavam, né? Como disse, passei por muitos problemas. Eu fico triste porque queria ter jogado, ter feito muitos gols, ajudado o clube a ganhar os títulos que já ficaram pra trás e também a subir, que ainda tem chance de subir, está ali muito próximo do G4. Então fica essa tristeza por não ter rendido o que posso. Vou desejar sempre o melhor para o Bahia, subir para a Série A, alcançar uma das quatro vagas, até porque tenho amigos lá dentro e a gente sempre quer o melhor para os companheiros. Se conseguir voltar a jogar, vou procurar dar a minha contribuição no campo, senão vou ficar na torcida para que tudo vá bem. Assisto, mas nem todos. Alguns assisti. Mas desde que fui afastado, acredito que assisto menos. Ou seja, pela quantidade de jogos que se teve de lá pra cá, foi menos da metade. Moro com minha família. Minha mãe, meu pai, tem uma tia também que veio ajudar minha mãe aqui. Tem uma moça que trabalha com a gente e mora aqui também. Desde que eu vim pro Bahia, ela está aqui acompanhando minha mãe, né? Sempre gostei de ter meus pais perto na minha carreira. Só no Bordeaux, da França, e no Cagliari, da Itália, que eles não moraram comigo. Mas em todos os outros clubes que joguei, levei eles, porque não sou casado ainda. Morar sozinho não é muito legal.