Dívida pública federal sobe em setembro e passa dos R$ 3 trilhões
METADE DO PIB Com um aumento de 3,1% em setembro, a dívida pública federal (DPF) chegou ao patamar inédito de R$ 3,046 trilhões, informou ontem o Tesouro Nacional. E, apesar de o volume equivaler a cerca da metade do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro de 2015, a expectativa é de que o estoque de títulos do governo no mercado suba ainda mais até o final do ano, ficando entre R$ 3,1 trilhões e R$ 3,3 trilhões. O crescimento na dívida no mês passado foi provocado pela emissão líquida de R$ 61,99 bilhões de títulos, somada à incorporação de R$ 29,74 bilhões dos juros que incidem sobre o estoque de títulos. A DPF inclui as dívidas interna e externa do país. A dívida pública mobiliária federal interna (DPMFi) subiu 3,21% e fechou o mês em R$ 2,920 trilhões. Já a dívida pública federal externa (DPFe) ficou 0,81% maior, somando R$ 126,03 bilhões. O coordenador-geral de operações da dívida pública, Leandro Secunho, destacou que os fundos de Previdência voltaram a ser os maiores detentores de títulos públicos em setembro, com 24,26% do total. “Isso é positivo, por se tratar de investidores que compram títulos com prazos mais longos”. Por outro lado, há uma redução ao longo do ano na participação de investidores estrangeiros, cuja fatia em setembro foi de 14,97%. Em dezembro do ano passado, era de 18,79%. De acordo com Secunho, a saída dos estrangeiros é muito concentrada em títulos de curto prazo, que estão vencendo este ano. “Talvez eles (estrangeiros) estejam esperando retornar a estabilidade para voltar a crescer suas participações; Não há ruptura”.