24h E-mails mostram que Hillary temia Sanders
ESTADOS UNIDOS E-mails hackeados da conta pessoal do chefe de campanha da candidata democrata à presidência dos Estados Unidos, Hillary Clinton, mostram que pessoas ligadas à campanha se sentiram ameaçadas pelo senador Bernie Sanders, que concorreu com Hillary durante as primárias do Partido Democrata A troca de mensagens está entre os mais de 1.500 emails que foram vazados ontem pelo WikiLeaks, organização transnacional que publica postagens de fontes anônimas, documentos, fotos e informações confidenciais, vazadas de governos ou empresas.
Segundo os emails, antes da primária do partido em Illinois, em março, a funcionária democrata Neera Tanden perguntou a John Podesta, chefe da campanha de Hillary e um dos responsáveis pela transição do governo Obama em 2008, se o presidente dos EUA daria qualquer tipo de indicação de apoio a Hillary. Oficialmente, Barack Obama permaneceu neutro durante as primárias até a oficialização da candidatura de Hillary. “Talvez eles não queiram fazer isso, mas os riscos são muito altos para ele nesta eleição”, escreveu Tanden. A divulgação apimentou ainda mais a disputa eleitoral de Hillary contra o republicano Donald Trump na eleição que acontecerá no dia 8 de novembro. Ontem, outro fato estremeceu a disputa. O presidente da Rússia, Vladimir Putin, chamou de "histeria" as denúncias sobre a suposta ingerência dele nas eleições presidenciais nos Estados Unidos. “Por acaso os Estados Unidos são uma República das Bananas? Os Estados Unidos são uma grande potência”", disse Putin, durante o fórum internacional de debate Valdai, no balneário de Sochi, no Mar Negro. A suspeita começou quando o Comitê Nacional do Partido Democrata desconfiou de algo errado em sua rede de computadores e pediu uma auditoria. A varredura encontrou dois grupos de hackers no sistema. “Descobrimos que a rede tinha sido invadida e comunicações, bem como perfil de candidatos (os EUA também terão eleições legislativas no mês que vem) tinham sido examinadas", disse à BBC o chefe segurança da empresa Crowdstrike e ex-diretor do FBI Shawn Henry.
Também ontem, um homem foi preso nos EUA por vandalizar com uma marreta e uma picareta a estrela do candidato republicano à Casa Branca, na Calçada da Fama de Hollywood, em Los Angeles, informou a polícia. O preso disse que vandalizou a estrela de Trump tinha intenção de removê-la, o que não conseguiu, e vendê-la para doar o dinheiro para mulheres que acusaram Trump de agressão sexual.