Empresários estão inseguros sobre retomada
CRESCIMENTO A saída da recessão em 2017 não é uma certeza entre os representantes do setor privado que participam do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social, o Conselhão. Nomes importantes do empresariado indicam que o grande desafio do governo no próximo ano é impedir a continuidade da recessão. Abílio Diniz, do grupo alimentício BRF e sócio do Carrefour, não escondeu o pessimismo e descarta a retomada do crescimento no curto prazo. “A previsão é muito ruim Não podemos imaginar que vamos chegar a 2017 com crescimento”, disse o empresário após a reunião no Palácio do Planalto. Com muitas incertezas à frente, a presidente da Latam Brasil, Claudia Sender, afirma que o debate econômico não deveria estar focado na velocidade da retomada e sim na sustentabilidade desse movimento. O presidente do Bradesco, Luiz Carlos Trabuco, ressalta que indicadores recentes sinalizam que o pior está ficando para trás. O presidente do Itaú Unibanco, Roberto Setubal, avaliou que o crescimento econômico acima de 2% ao ano no Brasil só será possível se três reformas forem realizadas: a trabalhista, a das regras de intermediação financeira e a política. A mesma estratégia foi defendida pelo presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Paulo Skaf. “Mas as reformas estruturais do País previstas para serem aprovadas em 2017 podem reverter o nosso quadro”, afirmou Skaf.