Diretora da H.Stern diz que Cabral pagava joias em espécie
CALICUTE A diretora comercial da joalheria H. Stern, Maria Luiza Trotta, afirmou em depoimento à Polícia Federal que levava joias, anéis de brilhante e pedras preciosas, na casa de Sérgio Cabral (PMDB), para que o ex-governador e sua mulher, a advogada Adriana Ancelmo, fizessem uma “seleção” da peça a ser escolhida. Segundo ela, os pagamentos eram feitos em espécie. No depoimento, Maria Luiza, que trabalha há 34 anos na H.Stern, disse que chegou a vender joias de até R$ 100 mil a Cabral, com pagamento em dinheiro. O depoimento foi prestado em 17 de novembro, quando a PF deflagrou a Operação Calicute, que prendeu Cabral. No mesmo dia, o ex-governador prestou depoimento à PF e afirmou categoricamente que “não se lembrava” de ter adquirido joias. A diretora disse que passou a atender Cabral pessoalmente em 2013, quando ele ainda era governador.