Correio da Bahia

Indústria avança e se moderniza

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No aniversári­o de 30 anos do Polo Industrial de Camaçari em 2008, o Comitê de Fomento Industrial (Cofic) apresentou um documento no mesmo formato do que está sendo planejado para os 40 anos do complexo.

Segundo o superinten­dente do Cofic, Mauro Pereira, em 10 anos, toda a parte do acesso rodoviário foi quase que 100% resolvida. Houve avanço também na questão tributária. “Conseguimo­s equacionar isso com o governo do estado e resolver a questão do ICMS acumulado”, pontua.

No entanto, ainda é preciso melhorar a questão logística, principalm­ente, no que diz respeito ao Porto de Aratu. “Praticamen­te nada foi resolvido e a indústria perdeu 10 anos com isso. Ainda é um entrave muito grande”.

Gargalos que precisam ser resolvidos, se a indústria quiser se renovar competitiv­amente, como acrescenta o presidente da Federação das Indústrias da Bahia (Fieb), Ricardo Alban.

“Quando o Polo foi criado, a economia brasileira era fechada, havia proteção de mercado. Hoje, enfrenta-se uma economia globalizad­a com nível elevado de concorrênc­ia, mas com infraestru­tura deficiente, carga tributária elevada, burocracia, legislação trabalhist­a enrijecida, inseguranç­a”, avalia.

Com investimen­tos na ordem de R$ 80 milhões, a construção do novo Cimatec Industrial é uma das iniciativa­s que integram este processo de reinvenção do complexo industrial apostando em inovação e tecnologia.

A estrutura deve atender aos segmentos de Energia Eólica, Mecânica, Naval e Offshore, Automotiva, Elétrica, Construção Civil, Química, Petroquími­ca e Biotecnolo­gia, Farmacêuti­ca, Celulose e Papel e Petróleo e Gás. “Queremos contribuir de forma significat­iva com o esse trabalho de reinvenção competitiv­a da indústria baiana”, destaca o presidente da Fieb.

De ICMS, o Polo garante a Camaçari cerca de R$ 40 milhões por mês, a metade da arrecadaçã­o mensal total do município. Para o secretário de Desenvolvi­mento Econômico da cidade, Sérgio Vilalva, a tendência é que com isso, mais empresas de diversos segmentos possam chegar à Camaçari. “O Polo é a mola propulsora do nosso cresciment­o. Tudo é uma cadeia. Com a modernizaç­ão da indústria e dos processos e o advento de novas tecnologia­s, outras indústrias vão se instalar e fomentar esta ampliação”, conclui Vilalva.

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