Correio da Bahia

RELATO

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Comecei a trabalhar no Polo em 1979, um ano depois da sua fundação, como estagiário em uma fábrica de ácido sulfúrico. Entrei na escola técnica e busquei formação como instrument­ador por conta da construção do complexo. Era o sonho de todo mundo trabalhar lá. Promessa de emprego certo com altos salários. Até tentei cursar Contabilid­ade, mas não teve jeito: fiquei na indústria e por 34 anos eu acordava cedo todos os dias e pegava o ônibus em direção a Camaçari. Em 1980, eu entrei na Nitroférti­l, que na época era subsidária da Petrobras e lá me aposentei. Era muita gente trabalhand­o e o Polo fez crescer não só a economia do estado, mas também de Camaçari. Veio muita gente de fora. Você se batia com cearense, pernambuca­no, trabalhado­r de todo lugar do país. O melhor ganho foi conquistar a vida estável que eu tenho hoje, estou aqui na minha fazenda só na sombra e água fresca. Foi um trabalho que valeu a pena não só pra mim, mas pra muito trabalhado­r que acreditou no Polo.

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