Correio da Bahia

Trump volta a descartar controle de armas

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MASSACRE NO TEXAS O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou ontem que um controle de armas mais rígido poderia ter causado mais mortes no tiroteio ocorrido no domingo, em uma igreja no sul do Texas, que deixou saldo de 26 mortos e 20 feridos. Questionad­o durante uma coletiva na Coreia do Sul, para onde viajou em visita oficial, sobre se apoiaria um “veto extremo” para compras de armas no país, assim como já apoia um “veto extremo” para a entrada de imigrantes nos EUA, Trump foi categórico e disse: “No Texas, se não tivesse uma pessoa corajosa que tinha uma arma, ao invés de 26 mortos, teríamos centenas”. O comentário se refere a um morador de Sutherland Springs, identifica­do como Stephen Willeford, que deu dois tiros, uma na perna e outro no tronco, em Devin Patrick Kelley, o responsáve­l pelo massacre na igreja. O atirador fugiu de uma instituiçã­o psiquiátri­ca no Novo México, em junho de 2012. A informação é de um relatório da polícia de El Paso, cidade onde Devin Kelley, à época com 21 anos. Além disso, segundo o Departamen­to de Segurança Pública do Texas, Devin tinha histórico de abusos domésticos e se suicidou após escapar da região do tiroteio e ser perseguido pela estrada por Stephen Willeford e outro morador. Ainda de acordo com as forças policiais, Devin Kelley realizou o massacre vestindo colete à prova de balas e armado com um rifle Ruger AR semiautomá­tico. Ele matou duas pessoas fora da paróquia e outras 23 dentro da igreja. A 26ª vítima foi uma criança que morreu devido aos ferimentos, em um hospital local pouco depois do ataque. Das 20 pessoas feridas, 10 ainda estão internadas em estado crítico e quatro estão graves. Ontem, o Pentágono admitiu que uma falha de registro sobre o afastament­o de Kelley da Força Aérea americana possibilit­ou que ele comprasse as armas.

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