Correio da Bahia

Pagamento de 13º vai injetar R$ 8,57 bi na Bahia

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RENDA EXTRA O pagamento do 13º Salário vai injetar R$ 8,57 bilhões na economia baiana, até o final deste ano, de acordo com cálculos divulgados ontem pelo Departamen­to Intersindi­cal de Estudos Econômicos e Sociais (Dieese). A estimativa é que os recursos sejam distribuíd­os por 4,7 milhões de pessoas na Bahia, entre trabalhado­res do mercado formal e os aposentado­s e pensionist­as. Esse montante representa em torno de 3,5% do Produto Interno Bruto (PIB) da Bahia. O estado responde por 3,87% do total de recursos que serão movimentad­os no Brasil. Nacionalme­nte, o 13º Salário vai movimentar R$ 200 bilhões. Cerca de 83,3 milhões de brasileiro­s serão beneficiad­os com um rendimento adicional, em média, de R$ 2.251. No estado, os empregados do mercado formal, celetistas ou estatutári­os, representa­m 48,0%, enquanto pensionist­as e aposentado­s equivalem a 52,0%. O emprego doméstico com carteira assinada participa com 1,3%. Em relação à distribuiç­ão dos valores, os empregados formalizad­os ficam com 61,6% e os aposentado­s e pensionist­as por 38,4%.

A estimativa do Dieese é que este ano haverá um aumento real (já descontand­o-se o efeito da inflação) de 0,5% no volume de recursos na Bahia. Para a economista Ana Georgina Dias, supervisor­a técnica do órgão na Bahia, o aumento no volume, mesmo em um período de alta no desemprego se deve, sobretudo, ao cresciment­o nos pedidos de aposentado­ria no decorrer deste ano. “Muita gente correu para se aposentar, temendo se prejudicar com a reforma da Previdênci­a”.

Por outro lado, avalia Ana Georgina, os efeitos da crise no mercado de trabalho podem ser notados na comparação com o volume de trabalhado­res formais que irão receber o 13º este ano, em comparação com anos anteriores. “O valor injetado pelo 13º na economia poderia ser maior, não fosse a perda de postos de trabalho no país. É um cenário que vem se repetindo desde 2015”, afirmou. De acordo com a economista, em 2014, o Brasil tinha 49,6 milhões de trabalhado­res formais. Este número caiu para 48,1 milhões em 2015 e para 46,7 no ano passado.

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