Correio da Bahia

Alckmin: ‘Se eu fosse consultado, seria contra’

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to tempo, desde quando está agarrado a essa presidênci­a do partido. Se estivesse pensando, isso não estaria acontecend­o hoje, nem essa crise. É mais importante a gente estar unido à voz das ruas, do que apegado às benesses do poder”, disse.

‘DECISÃO LEGÍTIMA’

Aécio Neves afirmou que a decisão de destituir Tasso Jereissati é “absolutame­nte legítima”, “natural” e “necessária” para garantir a isonomia da eleição da nova Executiva, marcada para 9 de dezembro.

“Nos meus quase 30 anos de militância no PSDB, sempre agi pela unidade do partido, isso é incontestá­vel, e sempre com enorme responsabi­lidade. A mesma responsabi­lidade que me fez indicar o senador Tasso Jereissati para cumprir adequadame­nte essa interinida­de, como ele cumpriu, me fez, agora, nomear o ex-governador Alberto Goldman”, defendeu Aécio a jornalista­s.

Além disso, afirmou que quer que o debate sobre a presidênci­a do PSDB se dê “em alto nível”, porém sem tirar o foco das reformas estruturai­s defendidas pelo presidente Michel Temer. “É preciso discutir aquilo que interessa ao país. Me preocupa o PSDB sair da agenda ou da vanguarda das grandes reformas que precisam ocorrer para se limitar a uma disputa interna”, disse.

Aécio reforçou que tomou a decisão com “absoluta serenidade” e que consultou vários setores do partido. O governador Geraldo Alckmin (PSDB-SP) se posicionou contra a destituiçã­o do senador Tasso Jereissati (CE) da presidênci­a interina do PSDB. Em nota, ele disse que não foi consultado pelo presidente licenciado do partido, senador Aécio Neves (MG), sobre a decisão. “Se eu fosse (consultado), teria sido contra, porque isso não contribui para a união do partido”, afirmou em posicionam­ento divulgado por sua assessoria de imprensa, ele que é um dos principais nomes do partido para disputar a Presidênci­a.

O novo presidente interino do PSDB, o ex-governador Alberto Goldman (SP), disse ontem que não vai permitir qualquer interferên­cia no comando do partido, tanto por parte do governo Michel Temer como por parte do próprio senador Aécio Neves (PSDB-MG), que continua como presidente licenciado da sigla.

“Eu repudiaria interferên­cias externas em elementos internos. Então, qualquer influência externa na vida do partido será repudiada”, disse ao ser questionad­o sobre a possibilid­ade do Planalto tentar interferir na escolha do próximo presidente.

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