Olhando só para frente
Nos primeiros anos, a partir da reinauguração do estádio no dia 7 de abril de 2013, Bahia e Arena não conseguiram estabelecer a mesma sinergia que o tricolor tinha com a antiga Fonte Nova. Desde o vexame na estreia, sendo goleado pelo Vitória por 5x1 e depois na final do estadual por 7x3, até o rebaixamento em 2014 e a não conquista do acesso em 2015, com campanhas como mandante que deixaram a desejar.
Com a chegada de Guto Ferreira, no ano passado, isso começou a mudar. O time arrancou para conseguir uma vaga na Série A com um desempenho impressionante dentro de casa. Foram nove triunfos nas nove partidas do segundo turno. Este ano, ainda com Gordiola, conquistou a Copa do Nordeste tendo 100% de aproveitamento como mandante. Agora, na Série A, o fator casa tem sido determinante para a boa campanha da equipe. É nesse contexto que o Bahia recebe o Atlético-MG hoje, às 17h, com um pensamento ousado: conquistar vaga na Copa Libertadores do ano que vem.
Como mandante, o tricolor é o quinto melhor time do Brasileirão, com 30 pontos somados em 16 partidas. Foram nove triunfos, três empates e quatro derrotas. Este já é o melhor desempenho do Bahia em casa, considerando as outras edições dos pontos corridos com 20 clubes que o Esquadrão participou, de 2011 até 2014. Até então, as campanhas de 2011 e 2013 haviam sido as melhores, quando somou 28 pontos, com sete triunfos, sete empates e cinco derrotas.
Como ainda enfrenta também Santos e Chapecoense na Fonte Nova, o tricolor tem chance de melhorar ainda mais o aproveitamento, como acredita o técnico Paulo Cézar Carpegiani. “Vamos fazer dois jogos em casa, com apoio da torcida, e vamos tentar vencer para dar o último puxão do campeonato. Com apoio da torcida acho que será possível”, afirmou, lembrando da sequência contra Galo, hoje, e Santos, quinta, na Fonte.
Carpegiani, por sinal, comandou o Bahia em três jogos dentro de casa e está invicto. Venceu o Corinthians por 2x0, o Vitória por 2x1 e a Ponte Preta também por 2x0. Rival de hoje, o Galo é o terceiro melhor visitante da Série A, com 26 pontos de 48 possíveis (54%).
QUASE LÁ
Em paralelo à busca por uma vaga na Libertadores, a equipe está perto de igualar a melhor campanha geral do tricolor nos pontos corridos. Em 2013, o time de Cristóvão Borges terminou a Série A com 48 pontos. Na ocasião, o Bahia também obteve sua melhor colocação, o 12º lugar.
Atualmente na nona posição com 45 pontos, o Bahia igualará sua melhor pontuação caso vença o Atlético-MG, e ainda a quatro jogos do fim do campeonato. Em 2011 a equipe alcançou 46 pontos e, em 2012, fez 47. Em 2014, acabou rebaixado, com 37.
Outro que incentiva o elenco a sonhar alto é o atacante Edigar Junio, artilheiro do time no Brasileirão, com nove gols. “Tem muita coisa para acontecer, mas a gente tem que sonhar grande, sim. Temos que mirar bem alto para conquistar os objetivos. Mas temos que ter humildade, pés no chão. Se não tiver um bom resultado no domingo, vai ser um clima bem ruim. Então vamos fazer jogo a jogo”, disse. O Flamengo, que encerra o G7, tem 50 pontos.
Libertadores e melhor campanha: as metas do Bahia diante do Galo