Especialistas simplificam conceitos da indústria 4.0
O especialista em Modelação Computacional e Inteligência Artificial do Cimatec, Erick Sperandio, e a diretora de Recursos Humanos da TOTVS, Rita Pellegrino, quebraram tabus envolvidos na chamada 4ª Revolução Industrial durante o painel “Inteligência artificial na indústria 4.0: impactos e novas habilidades profissionais”, um dos eventos do Fórum Agenda Bahia realizado ontem.
Em sua primeira fala, Erick desmistificou o conceito de indústria 4.0. De acordo com ele, “a indústria passou por diversas transformações e nesta quarta etapa é importante se falar, principalmente, em sistemas ciberfísicos, que nada mais são do que combinações de hardwares e softwares, além de agentes autônomos capa- zes de atuar em sistemas produtivos”, explicou. “Existem algumas funções mais complexas que os seres humanos sozinhos não são capazes de executar. É aí que entra a cooperação que existe na indústria 4.0, quando há a otimização de processos produtivos por meio de conexão e sensores, permitindo a visibilidade e a cada vez maior transparência do que é feito”, completou.
Já Rita Pellegrino falou que é um equívoco pensar que as máquinas vão tirar vagas de humanos no mercado de trabalho. “O que a gente precisa é fomentar a aprendizagem para preparar as pessoas, que continuam sendo sempre o centro de tudo. A gente tem que se aliar à tecnologia e não se voltar contra ela”.
Ainda de acordo com Rita, uma pesquisa elaborada com a TOTVS em parceria com universidades estrangeiras apontou que 2 em cada 3 brasileiros admitem ter dificuldades de lidar com novas tecnologias, principalmente aquelas ligadas à inteligência artificial. “Eles afirmam ter falhas de habilidades profissionais para enfrentar o mercado de trabalho atual e nos próximos 5 anos”, falou.
Rita também declarou que as soluções para a inserção das empresas na chamada era da indústria 4.0 são variadas e dependem do tipo de tecnologia a ser utilizada. “Algumas são mais caras, como a inteligência artificial, outras mais baratas.
Mas o importante é saber que qualquer empresa e produtor pode se inserir neste cenário digital e tecnológico”, destacou.