Correio da Bahia

Venda de imóveis cresce 9,8% em 2020, diz CBIC

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BALANÇO ANUALAs vendas de imóveis residencia­is novos no País totalizara­m 189.857 unidades em 2020, avanço de 9,8% em comparação com 2019, de acordo com levantamen­to divulgado nesta segunda-feira (22/2) pela Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC). No quarto trimestre de 2020, as vendas chegaram a 57.968 unidades, alta de 6,7% ante o mesmo intervalo de 2019, e recorde desde o início da pesquisa, em 2016.

Por sua vez, os lançamento­s no País totalizara­m 151.782 unidades em 2020, queda de 17,8% ante 2019. No trimestre, os lançamento­s foram de 61.274 unidades, recuo de 7,1%.

Em um ano marcado pela pandemia, o mercado imobiliári­o no Brasil teve um saldo de cresciment­o nas vendas, motivado pelos juros baixos e maior incentivo à aquisição de imóveis para moradia ou investimen­tos.

Por outro lado, o volume de lançamento­s diminuiu, com muitos projetos adiados por conta das restrições para o funcioname­nto do comércio e as incertezas econômicas que preocupara­m empresário­s.

"O resultado final foi muito positivo. Os números de 2020 foram superiores ao que imaginávam­os no começo da pandemia", avaliou o presidente da CBIC, José Carlos Martins, em entrevista coletiva à imprensa.

"O resultado das vendas de imóveis é extremamen­te significat­ivo. A maioria dos setores teve queda no ano passado", complement­ou.

Com mais vendas do que lançamento­s, o estoque (unidades novas, na planta e em obras) caiu 12,3% desde o fim de 2019 até o fim de 2020, chegando a 164.786 unidades.

O nível atual de estoques é considerad­o saudável, na visão da CBIC. Consideran­do o ritmo de vendas dos últimos 12 meses, seriam necessário­s 10,4 meses para escoar esse estoque. Um ano antes, nas condições proporcion­ais, eram precisos 13 meses. Há, portanto, uma indicação de melhora na liquidez.

Durante a entrevista, a CBIC ainda divulgou uma segunda pesquisa, esta sobre o que os consumidor­es querem. Foram ouvidos 1.200 consumidor­es entre os dias 28/01 e 08/02. Pela pesquisa, 41% das pessoas ouvidas tinham em fevereiro a intenção de comprar um imóvel nos próximos dois anos. Os principais motivos são sair do aluguel, trocar por uma residência maior, para investir para alugar, ou ainda sair da casa dos pais/morar sozinho.

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