Morte de jogador acende alerta sobre prevenção
A morte do zagueiro londrinense Dionatan Teixeira e a de um adolescente de 17 anos em Ponta Grossa trouxeram à tona novamente o debate sobre os riscos de atividades físicas sem a devida preparação e o acompanhamento médico. Os dois foram enquanto jogavam futebol.
Ivan Pacheco, especialista em medicina do esporte e diretor da SBMEE (Sociedade Brasileira de Medicina do Exercício e do Esporte), revela que há uma discussão muito grande sobre o que é o ideal e o que se faz na prática em relação aos
sobretudo em relação ao custo e aos riscos. “Os europeus acham que é necessário fazer um eletrocardiograma de esforço em todo atleta de alto rendimento e os americanos ainda não chegaram a este consenso, em razão dos altos custos destes exames e do evento da morte súbita ser muito raro”, explica. “Isso custaria R$ 20, R$ 30 mil por atleta por ano. É um custo muito alto por um risco muito baixo.”
Jean Furtado, médico do LEC, lembra que o atleta de alto rendimento realiza uma atividade física tão intensa que acaba desenvolvendo uma hipertrofia, ou seja, um aumento de toda a musculatura do corpo, inclusive a do miocárdio, o músculo do coração. E isso pode resultar em problemas de saúde em momentos de grande desgaste.
Para uma grande parcela da população brasileira, o futebol continua sendo uma grande oportunidade de ascensão social e de mudança de padrão de vida não só para o futuro jogador, mas para a família toda. E esta necessidade de vencer na vida se torna um empecilho até mesmo quando está em jogo viver ou morrer. “Para alguns atletas, é um divisor de águas e eles acabam insistindo na prática competitiva mesmo com restrições. A morte de um atleta é sempre muito traumática, já que tratase de um jovem, em plena atividade física e em uma fase produtiva muito alta”, aponta a cardiologista Fátima Dumas Cintra.
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