Folha de Londrina

Morango rende R$ 60 milhões por ano ao Norte Pioneiro

Batizada como capital paranaense da fruta, Jaboti concentra maior número de produtores no Estado e 65% do faturament­o regional

- Luiz Guilherme Bannwart Especial para a FOLHA

Em todo o Norte Pioneiro são 275 produtores de morango em uma área de 164,71 hectares, o que faz da região a maior produtora da fruta no Estado, segundo o Instituto Emater. Jaboti (cidade com pouco menos de cinco mil habitantes) é considerad­a a capital paranaense da fruta, ficando com 65% do faturament­o regional. Junto com a família, Geriel Sene Divino, de Jaboti, planta 15 mil pés utilizando o sistema de túneis para melhorar a produção. “No começo foi difícil porque tive que fazer investimen­tos e conseguir água o suficiente para manter a plantação. Hoje, tudo está mais fácil. Vivemos em função do morango”.

De acordo com o Instituto Emater, a região do Norte Pioneiro é a maior produtora de morangos do Paraná. O faturament­o é de R$ 60 milhões por ano, e Jaboti (município com pouco menos de cinco mil habitantes, localizado a 179 km de Londrina) é considerad­a a capital paranaense do morango por concentrar o maior número de produtores no Estado e 65% do faturament­o regional.

As primeiras plantações de morango no Norte Pioneiro surgiram há 20 anos no município de Ibaiti. Logo, agricultor­es de Pinhalão e Jaboti também começaram a investir na cultura em razão das boas condições climáticas e o negócio predominou na região.

Atualmente, Jaboti tem 150 produtores de morangos cadastrado­s pelo Instituto Emater em uma área de 80 hectares. A cultura é a principal atividade econômica no município e representa um faturament­o anual de R$ 39 milhões, fato que lhe rendeu o título de capital paranaense do morango.

Em todo o Norte Pioneiro são 275 produtores de morango em uma área de 164,71 hectares, o que faz da região a maior produtora da fruta no Estado com um faturament­o bruto anual estimado em R$ 60 milhões. “O solo na região de Jaboti é ideal para o plantio de morango, e o cultivo de mudas nacionais e importadas (do Chile) garante a colheita durante o ano todo aos produtores, que são orientados sobre o manejo e a utilização de tecnologia­s pela Emater”, explica o gerente regional do Instituto, Maurício Castro Alves.

MAIS QUALIDADE

Na região, 95% das plantações de morango são em canteiros. A terra úmida e bem nutrida garante bons resultados aos produtores. No entanto, muitos agricultor­es já utilizam estufas conhecidas como túneis para proteger a lavoura de pragas e garantir frutos de mais qualidade aos consumidor­es. Os outros 5% das plantações são por siste- ma semi-hidropônic­o, estufas suspensas que também garantem mais proteção e qualidade aos frutos, mas que ainda custam caro aos produtores (cerca de R$ 50 mil a unidade com capacidade para 10 mil plantas).

Para o gerente regional da Emater, a explicação para o sucesso da cultura do morango em Jaboti está associada a uma série de fatores importante­s. “O clima na região é ideal para o cultivo da fruta, mas só isso não basta. Importante salientar que os produtores trabalham muito, com o apoio essencial da prefeitura, e seguem à risca a coordenaçã­o técnica e de inovação oferecida pela Emater. Esse conjunto de fatores garante a atividade e a sustentabi­lidade do negócio”, pondera Alves.

COFRUNORPI

De acordo com Alves, quase toda a produção de morango do Norte Pioneiro é negociada na própria região por meio da Cooperativ­a dos Produtores de Frutas, Olerícolas e Flores do Norte Pioneiro (Cofrunorpi). “Existem outras cooperativ­as na região, mas a maioria dos negócios voltados à comerciali­zação do morango é tratada diretament­e pela Cofrunorpi, que tem por objetivo assistir os produtores no que diz respeito à rentabilid­ade do produto”, explica.

A terra úmida e bem nutrida garante bons resultados aos produtores

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Lis Sayuri/17-06-2014

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