DIA DE BACANA
Setor de aluguel de artigos de luxo planeja investimentos, aproveitando a onda do consumidor que troca o ‘ter’ pela ‘ostentação consciente’ de ‘viver uma experiência’
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
Bolsa, roupa, lancha, carro. Se não dá para comprar, dá para alugar. A locação de itens de luxo permite ao consumidor viver “dia de bacana” sem esbanjar, o que empresários do meio chamam de “ostentação consciente”.
Pequenos e médios desse setor planejam investimentos em produtos, logística e tecnologia neste ano.
A administradora Anna Lugli, 25, fez um plano de negócios, contratou uma plataforma de e-commerce e buscou consultoria para abrir a I Bag You, de aluguel de bolsas de luxo, há duas semanas. São 30 peças, entre itens que eram dela e outros novos. Um modelo Chanel, que vale mais de R$ 15 mil, é alugado por dois dias a R$ 400.
“As pessoas não querem ter, querem viver uma experiência. Vamos fazer três lançamentos no site por semana e chegar a 70 bolsas até junho. A previsão é alugar 25 por fim de semana”, prevê.
Entre seus concorrentes está a Bo Bag, inaugurada em 2010 por Isabel Teixeira, 35. Com R$ 50 mil, a profissional de marketing começou a empresa ao colocar dez acessórios de seu próprio closet para locação, sete anos atrás. Deu certo. Na comparação entre 2016 e 2015, a receita cresceu 134%. O próximo aporte previsto, de R$ 300 mil a R$ 500 mil, ampliará o estoque com mais 170 bolsas.
“É preciso ter paciência e resiliência. O negócio não vai para frente sem investimento em tecnologia.”
As empresárias Bárbara Diniz Almeida, 31, e Mariana Penazzo, 30, donas da Dress & Go, faturaram R$ 8 milhões, no ano passado. O crescimento foi de 200% na comparação de 2016 com 2015.
A loja, de aluguel de vestidos de festa assinados, funciona por e-commerce e tem um espaço físico na capital. A caminhada, desde 2013, incluiu uma “evangelização” das clientes. “É um mercado arriscado e com fortes barreiras de entrada, por conta da logística complexa. Mudaem